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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Há quase três meses, duas mulheres fazem de sua morada uma das unidades do McDonald’s no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Quando a lanchonete de fast food fecha, elas dormem sentadas na calçada do local, sempre acompanhadas de cinco malas grandes com itens pessoais.
O restaurante está localizado em um dos locais mais caros para se viver no Rio, na esquina das ruas Carlos Góis e Ataulfo de Paiva. Elas ficam todos os dias lá, das 10h às 5h, quando o estabelecimento fecha. As refeições também são feitas lá.
“Quando o 'Mac' fecha, elas ficam sentadas do lado de fora, não se afastam. Quando abre, de manhã, elas entram e pegam sempre a mesa perto da porta. Muito triste, morar em uma lanchonete é uma situação insustentável”, descreve um morador que observa as duas de sua janela.
Embora estejam morando em um local público, as duas estão sempre de roupas limpas, e aparentemente, tem dinheiro para pagar o que consomem na loja e em outros comércios no entorno. No entanto, elas não aceitam ajuda nem de moradores e nem do poder público.
Conforme a reportagem, elas se chamam Suzy e Bruna, e seriam mãe e filha. A mais velha é Suzy e aparenta ter 50 anos, enquanto Bruna, menos de 30. Ambas afirmam ser do Rio Grande do Sul, mas moram na 'cidade maravilhosa' há oito anos.
A mãe afirma que quer encontrar um aluguel na região por R$ 1.200, e que está visitando apartamentos para escolher uma moradia, mas até lá, prefere não ‘gastar dinheiro’ e esperar para locar o novo espaço.
As duas não aceitam ajuda de ninguém, nem da Polícia Militar e nem de assistentes sociais. Uma das profissionais revelou que estava preocupada com a situação das duas, pois parecia mais complexa do que a de esperar por um apartamento. Ela chegou a dizer que Bruna contou que seu marido estava em Paris, na França, e que esperava ele voltar para alugar um imóvel, mas essa informação não havia sido citada pelas duas com a reportagem.