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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: A artista plástica Kawara Welch foi presa no início de maio de 2024 acusada de cometer stalking contra um médico, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. De acordo com a vítima, os dois se conheceram em uma consulta, em 2018, quando a moça o procurou para tratar um quadro de depressão. Após dois retornos, ela começou a dar sinais de obsessão.
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“Ela teve acesso ao meu celular e começou a passar mensagens e fotos perturbadoras, amarrando lençol, corda no pescoço, se despedia de mim. Eu entrei em pânico [com medo de ela cometer algo contra a própria vida]", contou o médico, que preferiu não se identificar, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, na edição de domingo, 19.
Ao ver que as tais mensagens não estavam aproximando o médico, Kawara começou a ameaçá-lo, dizendo que detinha conversas picantes e que as enviaria para a esposa dele. Depois disso, ele parou de atendê-la na clínica. Insistente, ela tentou ser consultada em outro hospital durante os plantões dele, mas o médico explicou a situação e pediu à direção do hospital para que ela fosse atendida por outro profissional. Apesar da tentativa de se afastar da moça, a situação começou a se agravar para o médico.
"Ela chegou a me passar 1.300 mensagens em um dia. E mais de 500 ligações num único dia. Eu troquei de número de celular umas três ou quatro vezes, mas parei de trocar porque vi que era totalmente inútil. Ela tinha uma facilidade incrível em achar meu número novo", explicou.
Além das ligações para o médico, Kawara começou a ligar para a esposa e para o filho dele. Na mesma época, ela compartilhava nas redes sociais montagens de fotos para dar o entendimento que os dois tinham algum tipo de caso amoroso. Além disso, ela começou a marcar presença em congressos de medicina.
Por volta de 2022, a artista plástica começou a seguí-lo nas ruas e no trabalho. Segundo a vítima, uma vez ela chegou a invadir o consultório durante o atendimento de uma paciente. Kawara ainda trocou agressões com a esposa do médico, xingamentos e até acusações de roubo: "Eu tinha momentos de horrores, que eu entrava em pânico, porque ou ela aparecia ou ela fazia alguma coisa inesperada."