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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: O empresário Luiz Marcelo Ormond, encontrado morto em sua casa no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, disse a uma amiga que assumiu a união estável com Júlia Andrade Cathermol Pimenta porque não tinha ninguém para deixar seus bens, caso morresse. Júlia, por sua vez, está foragida desde que foi apontada como principal suspeita do crime.
“Mas eu também tenho que ter uma companhia, né? Se eu morrer amanhã, minhas coisas ficam todas para o Estado. Não tenho ninguém para deixar as minhas coisas”, justificou Luiz Marcelo para a amiga.
O corpo de Luiz, encontrado em seu apartamento no dia 20 do mês passado, estava no sofá com dois ventiladores ligados – um no teto e outro no chão – direcionados para a janela aberta. Júlia ligou os aparelhos na tentativa de disfarçar o forte odor, já que permaneceu no apartamento por cerca de três dias ao lado do corpo do namorado.
Antes do crime, Luiz teria dito a uma amiga que queria fazer tudo com calma, mas confessou que Júlia estava pressionando para que oficializassem a união rapidamente.
“Não é nada para ontem não. Ela que está na maior pressão. Já foi lá no cartório na segunda-feira para ver negócio de casamento. Mas eu tô segurando. Eu não vou fazer nada pra ontem não. Até porque, tem que gastar grana pra fazer isso, entendeu?”, disse Luiz Marcelo.
Nas redes sociais, em abril, a vítima chegou a atualizar seu status de relacionamento para ‘casado’. Porém, foi o fato de Júlia saber que o namorado havia desistido de formalizar uma união estável com ela que teria provocado o crime, aponta a Polícia Civil.
Relembre o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que teria sido envenenado pela própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. O caso aconteceu no último dia 17, quando os dois foram vistos pela câmera de segurança do elevador do prédio onde ele morava, no Engenho de Dentro.
Segundo a investigação, nas imagens, o empresário aparece segurando um prato com um brigadeirão. A suspeita é que Júlia já tivesse envenenado o doce para matar o companheiro. Luiz Marcelo foi encontrado morto, em estado avançado de decomposição, após vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento, e acionarem as autoridades.
O laudo da necrópsia não aponta a causa da morte, mas indica uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima. Também foi identificado um analgésico forte na cena do crime. Foi apurado que Júlia, 9 dias antes das imagens do elevador, foi até uma farmácia e pediu o medicamento de uso controlado.
Desde o último dia 20, a polícia apura a causa da morte do empresário. A polícia suspeita que Júlia tenha planejado o crime junto da cigana Suyany Breschak, que está presa no Rio de Janeiro. Ela teria se apropriado de bens de Luiz para tentar obter dinheiro e amortizar uma dívida de R$ 600 mil com a cigana.
Júlia contratava os serviços de Suyany para que homens e familiares não descobrissem que ela era garota de programa. Ela prestou depoimento à polícia, dizendo que Luiz estava vivo quando ela saiu do apartamento, e que não sabia da morte dele. Ela está foragida, e a polícia divulgou um cartaz com a foto de Júlia, em busca do paradeiro dela.