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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (19/6) o projeto de lei (PL) 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de cassinos e jogos de azar no Brasil. Foram 14 votos favoráveis e 12 contrários.
O texto, criticado pela oposição e que foi alvo de protestos no Senado, ficou semanas sem ser votado na comissão por causa das divergências. O placar apertado desta quarta é um retrato que o tema segue dividindo os senadores.
A proposta permite a instalação de cassinos em polos turísticos ou complexos de lazer, como hotéis de luxo de pelo menos 100 quartos, resorts, restaurantes e bares, por exemplo.
Pelo projeto, cada estado e o Distrito Federal poderão ter um cassino, com exceção de São Paulo, que poderá ter até três. Já Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará poderão ter até dois, cada um. A distinção se dá por critério de tamanho da população ou território.
Há ainda a autorização para que sejam instalados até dez cassinos em embarcações marítimas com ao menos 50 quartos. Existem critérios com os seguintes:
Pela nova lei, as embarcações que tiverem cassinos terão autorização para ficarem ancoradas no mesmo lugar por 30 dias. No caso dos bingos, a regra determina o funcionamento de um a cada 150 mil habitantes. Já para o jogo do bicho, a regra é de um para cada 700 mil habitantes.
Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) discursaram contra a legalização. Para eles, a criação de cassinos trará mais lavagem de dinheiro, narcotráfico e aumento da criminalidade. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) declarou que o avanço do texto aumentará vícios e prejudicará as famílias.
O texto deixa destacado que só poderá jogar aquele cliente que fizer pagamento por Pix ou cartão de débito, não sendo autorizado o uso de cartão de crédito, podendo a instituição ser alvo de penas criminais.
O projeto estabelece que para um cassino funcionar, deverá ser apresentado um capital social mínimo de R$ 100 milhões. O credenciamento terá validade de 30 anos, podendo ser renovado pelo mesmo período.
Segundo o relator da proposta, senador Irajá (PSD-TO), caso a legalização avance, serão criados 700 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. Nesta quarta, Irajá disse também que a arrecadação pode aumentar em aproximadamente R$ 20 bilhões por ano com a autorização.