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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: Segundo a advogada que representa a família da paciente estuprada por um vigilante em uma clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife, o quadro de saúde da vítima, que estava internada para tratar de uma crise de depressão, se agravou.
“Ela teve alguns acessos de estranhar o próprio corpo, de não querer viver [...]. A mãe tirou [a paciente da unidade], passou um tempo com ela em casa, foi quando ela teve alguns acessos, inclusive tentando se matar. E foi necessária uma internação novamente", contou a advogada Maria Eduarda Albuquerque.
Ela afirma que a vítima relatou que fechou os olhos e "queria que aquilo acabasse". Depois dos abusos, ela teria continuado sozinha no local, e a família só foi avisada do crime horas depois.
"Além de ter sido estuprada, ela ficou sozinha lá, pedindo pela família, sem conseguir dormir, com medo de esse homem voltar a qualquer momento. E só foi avisado isso na sexta-feira à noite, para dizer que [a família] fosse lá no sábado de manhã. É uma série de atrocidades nesse caso".
A advogada acusa a clínica de não oferecer qualquer suporte à família. "Eles se sentiram totalmente abandonados pela clínica, de dar algum tipo de assistência ou algum valor em dinheiro para respaldar um tratamento. Nada. Inclusive, até falei com um advogado de lá e pedi para que analisasse algum tipo de proposta. [...] A resposta foi 'não' e que a gente tomasse as medidas cabíveis".
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que a paciente foi estuprada pelo vigilante. Nas imagens, é possível ver o homem tocando a vítima, que estava sozinha na sala, deitada em uma cama.
O crime aconteceu na madrugada de 17 de novembro do ano passado, no Hospital Reluzir, mas só se tornou de conhecimento público neste ano.