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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: A cadela Gaya, de 5 anos, morreu em 28 de junho, durante uma viagem de São Luís a São Paulo, feita por meio de um transporte terrestre, que iria percorrer 11 estados e mais o Distrito Federal. A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) investiga o caso.
De acordo com Jakeline Jovita, tutora de Gaya, a opção pelo transporte terrestre foi feita por receios de que a cadela pudesse morrer durante o transporte aéreo, situação semelhante ao cão Joca, caso que ganhou repercussão nacional.
Após a morte da cadela, o corpo do animal foi devolvido à família dentro de uma caixa de isopor com água, enrolado num saco plástico.
Como também haviam outros animais sendo transportados, o veículo iria passar por 11 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Segundo Jakeline Jovita, a MooviPet, empresa escolhida para fazer o translado, havia demorado para enviar o link de rastreamento do veículo, o que dificultou que a família tivesse notícias da cadela.
“Mediante ao não envio do link de rastreio, não tivemos parâmetros de horário de quando iam chegar, sendo que a Gaya foi entregue por minhas filhas demores que estavam em casa no momento [de entrega do animal]. A partir daí, não tive mais notícias da Gaya”, disse a tutora.
Quando a van chegou ao Pará, no dia 27 de junho, os tutores perceberam que o veículo estava parado por várias horas e logo tentaram entrar em contato com a empresa responsável para saber o que havia acontecido. Porém, a família disse que, mesmo depois de várias tentativas de contato, a empresa não dava um retorno.
Na manhã do dia seguinte, a empresa retornou os contatos de Jakeline, alegando que houve um problema mecânico com a van e que a viagem precisaria atrasar para reparar os danos. Nas mensagens, a MooviPet ainda afirmou que estava tudo bem com os animais e que não era necessário que os tutores se preocupassem.
“Quinta-feira (27) a noite eu notei que, mediante o link que enviaram, o rastreio parou. Eu fiquei a noite inteira de quinta pra sexta acompanhando. Sexta-feira (28) de manhã, um funcionário me enviou a notícia de que o veículo tinha quebrado e que ia atrasar a entrega. Eu me preocupei muito no momento porque o veículo estava cheio de animais e o Pará é um lugar muito quente”, relatou Jakeline.
Cadela estaria sedada, diz família
A tutora pediu fotos de Gaya para os funcionários para saber como a cadela estava. Depois de muito insistir, Jakeline contou que foram enviadas fotos que, segundo ela, mostravam que a cadela estava sedada.
“Eu pedi fotos da Gaya. Insisti muito para que enviassem fotos ou vídeo. Ele me enviou uma foto onde, nitidamente, ela estava sedada ou com algum problema muito grave. Ela estava com a cabeça baixa e com os olhos fechados. Foi o único retorno que eu obtive”, disse.
Entretanto, na noite do mesmo dia, a família recebeu por ligação a notícia de que a cachorra havia morrido. De acordo com a família de Gaya, a empresa não deu explicações de como o animal morreu, pois havia alegado que não havia nenhum médico veterinário na região para emitir o laudo.
Família acusa a empresa de negligência
A família de Gaya contou que, após a morte da cadela, um funcionário da empresa teria sugerido que o corpo do animal fosse incinerado. Devido a sugestão, Jakeline Jovita, teria contatado uma advogada para que trouxessem o corpo da cadela de volta para São Luís.
O pedido foi atendido pela empresa, que enviou o corpo de Gaya por dois motoristas de aplicativo, dentro de uma caixa de isopor com água, enrolado num saco plástico.