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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
BRASIL: Apesar da região norte e centro-oeste estarem sofrendo a semanas com centenas de queimadas o governo Lula só começou a se mobilizar após a chegadas da fumaça na capital paulista, São Paulo. Segundo autoridades de vários estados o governo foi lento e demorou muito para aceitar a gravidade da situação.
Recorde de queimadas
Corredor de fumaça, animais queimados ou mortos e um rastro de destruição. As queimadas na Amazônia e no Pantanal batem recorde e colocam em xeque a gestão do meio ambiente no Brasil. Após intensas críticas e utilização política dos índices de queimadas contra o governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tido dificuldades de sustentar a promessa de protagonismo na gestão ambiental.
A formação de um corredor de fumaça oriundo das queimadas na Amazônia e no Pantanal tem deixado pelo menos 10 estados brasileiros em alerta (leia mais abaixo). Neste ano, o Brasil está enfrentando uma situação crítica em relação às queimadas, especialmente na Amazônia e no Pantanal. O número de focos de queimadas registrados em 2024 no Brasil já é o maior dos últimos 14 anos.
De acordo com o pelo Inpe, entre 1º de janeiro e 23 de agosto, o país registrou mais de 102.670 focos de queimadas. Esse é o maior número registrado em período equivalente nos últimos 14 anos. Desde 2010, quando 114.265 focos foram registrados, não havia tantas queimadas neste período no país. Somente a região da Amazônia Legal é responsável por mais de metade desses focos.
Já uma outra estatística divulgada mensalmente pelo Inpe leva em conta as áreas totais afetadas pelas queimadas. Nesse recorte, a administração Lula também bate recorde. A área queimada neste ano é a maior da série histórica iniciada em 2003. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que, de janeiro até julho de 2024, uma área de 113.677 km² foi queimada no Brasil. Antes disso, o recorde havia sido registrado em 2007, quando 103.671 km² foram queimados.
SÃO PAULO
As queimadas que atingem o interior de São Paulo desde a última semana provocaram a suspensão de aulas e o aumento na procura por serviços de saúde em algumas cidades na região de Ribeirão Preto, uma das mais atingidas pelos incêndios.
O número de focos ativos diminuiu neste domingo (25) em comparação aos dias anteriores, segundo a Defesa Civil. Mas, ainda assim, os efeitos dos três dias seguidos de incêndio continuarão sendo sentidos ao longo da semana.