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porto velho, sábado 23 de novembro de 2024
BRASIL: A Polícia Civil do Maranhão investiga o médico Kemuel Pinto Bandeira, suspeito de violar sexualmente diversas pacientes durante atendimentos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, denúncias contra o médico foram registradas na Delegacia da Mulher de Açailândia e no Plantão da Delegacia da Mulher em São Luís, localizado no bairro Jaracati.
A conversou com Marina Wana, uma das primeiras vítimas a denunciar o médico. Ela relatou que, em 1° de agosto, passou por uma consulta com Kemuel para fazer um mapeamento de endometriose, quando percebeu comportamentos inadequados.
Marina descreveu a situação: “Nessa última vez, ele teve esse comportamento comigo. Ele colocou um gel na vagina, começou a passar a mão, depois ficou tocando no meu clitóris. Eu fiquei super constrangida.”
Marina relatou ainda que, inicialmente, pensou que os atos do médico poderiam fazer parte do exame.
“Eu achava que era algo natural do exame e que eu estava ficando louca. Quando questionei o médico, dizendo que o exame estava estranho, ele não falou nada, apenas parou de fazer os movimentos”, contou.
Segundo Marina, foi só após o ocorrido que ela percebeu que, de fato, havia sido abusada.
O Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM-MA) informou à CNN que recebeu uma denúncia, por meio de sua Ouvidoria, contra um médico registrado em sua jurisdição, acusado de “condutas incompatíveis com a ética médica”.
A defesa de Marina Wana disse que ela foi vítima de crime sexual e que a orientou a a fazer o registro de ocorrência na Delegacia Especial da Mulher de São Luís.
Marina Wana revelou que, inicialmente, não teve coragem de contar o que havia ocorrido para seu marido, buscando apenas conversar com uma amiga.
No entanto, ao perceber que Marina estava chorando no quarto, seu marido tomou conhecimento do caso e a encorajou a denunciar Kemuel Pinto Bandeira.
“Eu disse: ‘Mas quem vai acreditar em mim? Minha palavra contra a dele. Lá não tinha câmera, não tinha mais ninguém'”, relatou Marina.
Ao decidir registrar a denúncia, Marina descobriu que já havia outro boletim de ocorrência semelhante ao seu, registrado em Açailândia (MA).
Ela contou que a vítima era uma mulher grávida que também foi tocada de forma inadequada pelo médico durante uma consulta. “Ela estava com a mãe de acompanhante e uma sobrinha de 12 anos. A mãe tem depressão e a vítima não contou o ocorrido para ela”, afirmou Marina.
Quem foi chamada na delegacia foi a criança de 12 anos, que não conhece nem o seu próprio corpo”, acrescentou.
Após esse episódio, que acabou sendo arquivado, Marina se encorajou a buscar mais denúncias contra o médico por importunação e/ou violação sexual.