BRASIL: Uma mulher de 56 anos, que contraiu raiva humana após ser mordida por um sagui no Agreste de Pernambuco, morreu no último sábado (11). O caso foi registrado em Santa Maria do Cambucá, e a vítima estava internada em estado grave no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), em Recife. Este foi o primeiro caso de raiva humana no estado em oito anos.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a mulher foi mordida pelo sagui, que provavelmente se aproximou da área urbana fugindo de queimadas na região. Ela foi hospitalizada no dia 31 de dezembro com sintomas iniciais de dormência, dores e fraqueza. No dia 9 de janeiro, o diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, que identificou o vírus como sendo de origem silvestre.

A paciente apresentou piora rápida após o atendimento inicial. No dia 2 de janeiro, já enfrentava síntomas neurológicos graves, como agitação e insuficiência respiratória, necessitando de suporte de ventilação mecânica. No sábado (11), o óbito foi confirmado devido às complicações da doença.

Eduardo Bezerra, diretor de Vigilância Ambiental da SES, alertou que animais silvestres, como os saguis, não são vacinados contra a raiva, representando perigo para populações humanas. A profilaxia é essencial: em caso de mordidas de animais silvestres, é fundamental buscar atendimento médico imediato para aplicação de vacina e, se necessário, soro antirrábico. Vacinar cães e gatos também é crucial para prevenir a transmissão da doença.

O que é a raiva?

A raiva é uma doença viral grave e quase sempre fatal após o início dos sintomas. Ela é transmitida pela saliva de animais infectados, através de mordidas, arranhões ou lambidas em feridas abertas. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e fraqueza, evoluindo para síndromes neurológicas graves, como paralisia, agitação, dificuldade de engolir e, em estágios finais, coma.