Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 12 de março de 2025
BRASIL: Ao menos 21,4 milhões de brasileiras sofreram violências físicas, sexuais ou psicológicas entre fevereiro de 2024 e 2025. O dado corresponde a 37,5% da população, maior percentual histórico da pesquisa Visível e Invisível: Vitimização de Mulheres no Brasil, divulgada nesta segunda-feira, 10.
Realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha, o estudo é feito a cada dois anos desde 2017. O número atual está 8,6% acima do último resultado, de 2023, ou seja, aumentou. A violência com maior percentual são insultos, humilhações e xingamentos, com 31,4%, ou mais de 17 milhões de mulheres.
Em seguida, vem a violência física, manifestada por batidas, empurrões e chutes, que vitimaram 8,9 milhões (16,9%). As ameaças de apanhar, empurrar ou chutar acometeram 8,5 mi, correspondente a 16,1%. Empatado, a prática de stalking (perseguição) e amedrontamento, também atingiu 8,5 mi de mulheres.
As ofensas sexuais ou tentativas forçadas de manter relação sexual vitimaram ao menos 5,3 mi, ou 10,7% das mulheres. O número corresponde uma a cada dez brasileiras. Enquanto isso, 4,3 milhões sofreram lesões corporais provocadas por algum objeto que lhes foi atirado.
As maiores vítimas de violência no último ano foram mulheres entre 25 e 34 anos (43,6%), seguida por vítimas de 35 a 44 anos (39,5%) e de 45 a 59 anos (38,2%). Os principais autores são companheiros em 40% dos casos e ex, em 26,8%.
“Ainda em relação à autoria, os dados apresentam a série histórica de quem é o autor da violência mais grave sofrida. Percebe-se que em 2017 os parceiros íntimos eram 19,4% dos autores, proporção que duplicou ao longo dos oito anos de pesquisa. A participação de ex- -parceiros íntimos também cresceu, passando de 16% para 26,8%”, aponta o estudo.