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porto velho, sexta-feira 6 de junho de 2025
BRASIL: Condenada a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça, Carla Zambelli já sabe com recorrer da sentença: fugindo.
Nesta terça-feira ela afirmou, em uma live, que está na Europa, supostamente para um tratamento médico -- o que é estranho, porque na entrevista virtual, como lembrou o amigo Cléber Lourenço, ela sorria feito uma condenada.
O local exato nem mesmo a defesa da deputada do PL de São Paulo sabe dizer.
Se ela segue as recomendações dos médicos, não sabemos. Mas a dos advogados parece não obedecer.
Logo que a Primeira Turma do STF anunciou a pena, Zambelli chamou uma entrevista coletiva para dizer que não sobreviveria à prisão.
E mentiu ao dizer que iria cumprir a lei e se apresentar quando os recursos se esgotassem e a ordem e prisão fosse formalizada.
Até lá, disse que pretendia reunir relatórios médicos para provar que na cadeia não seria cuidada da maneira como precisa.
A conversa era toda estranha, já que a deputada parecia estar em boa forma quando perseguiu, com arma em punho, um eleitor de Lula na véspera das eleições de 2022.
E nem foi por este processo que chegou a primeira sentença à prisão. Foi porque, segundo o STF, ela se uniu ao hacker Walter Delgatti para invadir o sistema eletrônico do CNJ com a assinatura de Alexandre de Moraes e publicar um pedido de prisão contra ele mesmo.
A brincadeira custou caro.
Da forma como foi noticiada, a fuga ainda é envolta de mistérios.
Em 2023, por ordem de Moraes, a PF apreendeu o passaporte da deputada no âmbito da mesma investigação sobre a invasão ao sistema do CNJ.