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porto velho, sábado 17 de maio de 2025
O procurador-geral da República, Augusto Aras, deu um parecer nesta quinta-feira (20) que deve acelerar o processo de afastamento do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), investigado por suspeitas de corrupção na Saúde durante a pandemia do novo coronavírus.
O chefe do Ministério Público Federal entendeu que a comissão especial formada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) para analisar o processo é legítima. A avaliação vai contra o que alega a defesa do mandatário fluminense.
Os advogados de Witzel questionaram a composição do colegiado especial, que foi formado por 25 deputados, sendo um de cada partido com representação na Alerj. Eles alegam que a comissão deveria respeitar a proporcionalidade das legendas na Casa. O ministro Dias Toffoli, plantonista do STF (Supremo Tribunal Federal) no recesso de julho, havia concordado com esse entendimento e mandado paralisar o andamento do processo.
Sorteado relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes pediu à PGR que se manifestasse, e é esse parecer de Aras que deve nortear os rumos do impeachment na Alerj. Com a indicação de que a comissão é legítima, o parlamento fluminense pode aproveitar o que já havia sido feito pelos 25 deputados e encaminhar o afastamento de Witzel - que, caso não judicialize novamente, pode deixar o cargo temporariamente já no início de setembro.