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Pará tem média de 14 assassinatos por dia nos primeiros oito dias do ano


G1

Publicada em: 16/01/2018 08:19:00 - Atualizado

BRASIL- Nos oito primeiros dias do ano, a média foi de 14 assassinatos por dia no Pará. O número é maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Números são sinônimo de dor que as famílias das vítimas jamais conseguirão esquecer.

A família de Alan Douglas até hoje se pergunta porquê. “Por que o Alanzinho?”, questiona a tia da vítima, Cláudia Bittencourt. O adolescente de 15 anos levou um tiro na cabeça quando voltava de uma festa de réveillon na praia do Atalaia, em Salinas, litoral paraense. Tudo ainda é um mistério para a polícia, que não conseguiu identificar o autor dos disparos nem a motivação do crime.

O homicídio foi possivelmente o primeiro do ano. Até o dia 8 de janeiro foram registradas 118 mortes violentas no Pará e 106 possuem características de execução.

“A gente já fez uma análise e já estamos tomando providências no sentido de conter esses acontecimentos”, explicou o secretário adjunto de inteligência e análise criminal Rogério Morais.

No primeiro final de semana, 14 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de Belém. Na semana seguinte, 15 novos casos foram registrados. Um dos mais chocantes foi o de Carlos Davi Silva Sousa, de apenas oito anos. O menino morreu depois de levar um tiro na cabeça na frente da casa do pai, no bairro do Telégrafo, em Belém.

“Sozinha a polícia não tem como fazer isso. Muito pelo contrário, é fundamental que a sociedade compactue com a polícia e traga a esse debate os outros serviços públicos: a área de assistência social, educação, desenvolvimento. Tudo isso impacta negativamente na segurança”, diz o presidente do Observatório Social de Belém, Ivan Costa.

A própria Secretaria de Inteligência e Análise Criminal admite que é necessário pensar em novas estratégias de combate à criminalidade.

Sobre a morte do menino Carlos Davi, a polícia ainda tenta fazer o retrato falado dos assassinos. As investigações indicam que os bandidos queriam atirar em outra pessoa e que a ordem pra isso partiu de dentro de um presídio.


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