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porto velho, sábado 20 de abril de 2024
O motorista de aplicativo Vitor Batista de Oliveira, de 35 anos, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva em audiência de custódia na tarde desta quinta-feira. Ele foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio , ameaça, sequestro e cárcere privado contra a mulher na última terça-feira. Vizinhos do casal registraram as agressões e o vídeo viralizou, chegando à DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Caxias, que fez o flagrante.
Segundo vizinhos, as agressões contra a mulher, que tem 32 anos e está grávida de três meses, eram constantes, assim como os pedidos de socorro feitos pela vítima. A vizinha que fez o registro que viralizou foi a auxiliar administrativo Maxine Martins, de 26 anos.
"Acontecia com frequência. A gente já gravou outras vezes, e compartilhava no grupo do condomínio para chamar a polícia. Ligava todo mundo ao mesmo tempo. Nesse dia, os vizinhos do outro bloco foram lá e tiraram ela de dentro de casa com o filho, e ele conseguiu fugir. Um vizinho deu o dinheiro para ela ir na delegacia, e a gente achou que ela não ia fazer a denúncia, mas ela disse que estava realmente saturada, que corria risco de perder o filho se ele continuasse fazendo isso e resolveu que ia, sim, denunciar."
Segundo a Polícia Militar, na terça-feira, agentes do 15 BPM (Duque de Caxias) foram acionados para o local, mas quando chegaram o homem já não estava mais no condomínio. O flagrante foi feito pela Polícia Civil, que viu o vídeo e conseguiu localizar a vítima a caminho da delegacia, e o agressor pela região. A delegada titular da DEAM de Caxias, Fernanda Fernandes, disse que no dia a vítima relatou que chegou a jogar um bilhete pela janela com pedido de socorro.
"Os vizinhos confirmaram que nessa última semana estavam ouvindo muitos gritos, muitas violências consecutivas. Pelo relato dela e de vizinhos, o filho dela de 4 anos também era agredido", diz a delegada.
A vizinha Maxine conta que a vítima chegou a falar que a ex-mulher de Vitor também teria sofrido agressões.
"Ela relatou para a gente que ele já fez isso com a outra mulher dele, e ela também nunca denunciou."
Segundo a delegada, Vitor não tem nenhum registro anterior na polícia.
Em certa ocasião, um vizinho teve que abrir a porta da casa da vítima com ferramentas porque o agressor a deixou trancada.