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porto velho, quarta-feira 18 de junho de 2025
SÃO Paulo - O Ministério da Saúde contrariou recomendação da AGU (Advocacia-Geral da União) e não abriu processo administrativo para investigar empresas envolvidas no primeiro contrato bilionário assinado pela pasta durante a pandemia da Covid-19.
A compra de 15 mil respiradores, que viriam de Macau (China), ao custo de R$ 1 bilhão, não se concretizou e os equipamentos não foram entregues.
Ainda segundo informações, o dinheiro chegou a ficar parado, reservado para o pagamento, entre abril e maio de 2020. O contrato estabelecia a abertura de um procedimento de punição em caso de descumprimento, porém nada foi feito até agora.
Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logísitca do Ministério da Saúde, foi o principal responsável pela compra frustrada. Quando Dias foi questionado, respondeu por meio de seu advogado, que não iria se manifestar. A pasta também não se pronunciou.
Roberto Dias é um dos alvos da CPI da Covid por suposta cobrança de propina e pressão para compra de vacinas, que não foi concretizada. No dia do seu depoimento na Comissão, ele chegou a ser detido, acusado de mentir aos senadores.