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Ministério Público pede que militar que o matou Durval seja julgado pelo Tribunal do Júri

O militar Aurélio Alves Bezerra alegou que confundiu Durval com um bandido


g1

Publicada em: 08/02/2022 15:57:18 - Atualizado

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entrou com um pedido no Tribunal de Justiça (TJRJ) para que o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, preso pela morte de Durval Teófilo Filho, seja julgado pelo Tribunal do Júri. O órgão pretende que a juíza responsável pelo caso deixe a ação.

O pedido foi feito pela Promotoria de Justiça junto à 5ª Vara Criminal de São Gonçalo. Segundo o MPRJ, a competência para o processo e o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é do Tribunal do Júri.

"A conduta do indiciado melhor se amolda à figura típica de crime doloso contra a vida", dizia um trecho do pedido feito pelo MPRJ.

Na última sexta-feira (4), a pedido do Ministério Público, a Justiça concordou com a mudança da tipificação do crime de homicídio culposo para homicídio doloso.

Morto na porta de casa

Durval Teófilo Filho, de 38 anos, foi morto pelo próprio vizinho, na porta de casa, em São Gonçalo, na noite de quarta-feira (2). Segundo a polícia, ele foi baleado ao ser confundido com um bandido.

O crime foi na Rua Capitão Juvenal Figueiredo 1.520, no Colubandê, por volta das 23h. O autor dos disparos foi o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra.

O corpo de Durval foi enterrado na tarde de sexta-feira (4) no cemitério São Miguel, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Durante o enterro, Luziane fez um discurso e disse que não vai perdoar o militar.

"Parabéns senhor Aurélio, muito obrigada por destruir a minha vida, da minha família, o sonho da minha filha (...) Estou aqui sangrando, ele não deu chance de o meu marido viver", disse Luziane.

Familiares da vítima disseram, durante reunião com deputados na Alerj na segunda-feira (7), que o sargento da Marinha não prestou socorro e nem mesmo se desculpou com a família pelo suposto engano.


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