PORTO VELHO-RO: As constantes mudanças de clima costumam gerar consequências na saúde da população. Na região Norte, a umidade, fumaça e poeira contribuem para o adoecimento das pessoas. A gripe é um desses males que ocorre com sazonalidade, maltratando, principalmente, idosos e crianças.

Realidade sentida em Porto Velho e confirmada pela Secretária Municipal de Saúde (Semusa). O pediatra César Oliveira, gerente médico do Pronto Atendimento Ana Adelaide, aponta aumento de casos gripais em crianças, principalmente nos últimos três meses.

“Em abril, a unidade registrou uma média diária de 150 atendimentos infantis, sendo 30% casos de gripes e resfriados. Números preocupantes que reforçam a importância da prevenção e tratamento adequado da gripe em crianças”, aponta o médico.

A gripe é uma doença viral altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório. O vírus é transmitido através do contato direto com a pessoa infectada ou por meio de gotículas respiratórias no ar.

A prevenção do adoecimento é uma atitude individual e, geralmente, simples de se colocar em prática. As crianças precisam da ajuda dos pais ou responsáveis, mas também devem ser educadas a praticar pequenos hábitos diários que ajudam a proteger das doenças.

Para evitar casos das síndromes gripais nos pequenos, as medidas são: manter a criança vacinada e bem hidratada, oferecer água e outros líquidos com frequência, manter a temperatura ambiente adequada, oferecer alimentos leves e saudáveis, lavar as mãos com frequência, cobrir boca e nariz ao tossir, evitar exposição ao frio e o contato com pessoas infectadas ou com sintomas de gripe.

É importante lembrar aos pais que em período de aumento da gripe é recomendável, sempre que possível, não expor as crianças a locais de grandes aglomerações.

“Essas medidas não substituem a avaliação médica e o tratamento adequado. Os pais devem procurar ajuda médica sempre que a criança apresentar sintomas de gripe por mais de dois dias consecutivos, tiver dificuldade de respirar, febre alta, tosse persistente ou outros sintomas. Avaliação médica é fundamental para identificar a causa dos sintomas e apontar o tratamento correto, além de prevenir complicações da gripe”, orienta o pediatra.

COMPLICAÇÕES

Embora a maioria das pessoas se recupere da gripe sem complicações graves, a doença pode ser perigosa, explica o médico pediatra César Oliveira.

“Se não tratada adequadamente, a gripe pode desencadear outras doenças como bronquiolite, pneumonia, sinusite, infecções do ouvido. Em casos mais graves, pode levar a hospitalização e até mesmo morte, especialmente em crianças muito jovens ou que tenham doenças preexistentes. O tratamento adequado é fundamental para prevenir complicações e garantir a recuperação da criança”.

Os pais precisam ficar atentos aos sinais e sintomas de doenças de seus filhos e buscar ajuda profissional sempre que necessário. A prevenção e tratamento adequado é fundamental para garantir a saúde e bem-estar das crianças.

VACINAÇÃO GARANTE PROTEÇÃO

O pediatra César Oliveira é enfático ao afirmar que a vacina é uma medida segura e eficaz de proteger as crianças contra as doenças infecciosas, como a gripe. Ele recomenda que todas as crianças sejam imunizadas conforme o calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde.

“É importante lembrar que a vacinação é fundamental na proteção da criança, pois ela está com o sistema imunológico ainda em desenvolvimento e mais suscetível às doenças. As crianças também têm um papel importante na transmissão para outros membros da família e da comunidade”.

Em Porto Velho, a vacina contra a influenza está disponível em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural para pessoas com idade a partir dos seis meses de vida. Confira aqui os locais e horários de vacinação em Porto Velho.

“Com relação à vacina da gripe, é fundamental que as crianças sejam imunizadas todos os anos, pois a composição do imunizante é atualizada anualmente para proteger contra as cepas circulantes naquele ano. Além disso, a vacinação é uma proteção coletiva da comunidade, reduzindo o risco de surtos e epidemias”, aponta o médico.