RONDÔNIA: Rondônia enfrenta o pior cenário de queimadas dos últimos cinco anos, com o número de focos de incêndio florestal disparando em 2024. Somente em agosto, foram registrados mais de 3,4 mil focos de queimadas, o que representa um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse salto coloca o estado como o terceiro no país com mais incêndios, respondendo por 15% dos focos em todo o Brasil.

A situação é especialmente grave em cidades como Porto Velho, onde a qualidade do ar atingiu níveis perigosos, prejudicando a saúde da população. O céu da capital amanheceu coberto por uma densa nuvem de fumaça, resultado direto das queimadas que se espalham por todo o estado. Segundo plataformas de monitoramento de qualidade do ar, Porto Velho lidera o ranking das cidades com pior ar para respirar no Brasil.

Além da fumaça, Rondônia enfrenta uma seca severa, que agrava ainda mais o impacto dos incêndios. Comunidades ribeirinhas estão sofrendo com a escassez de água, já que rios como o Madeira continuam a registrar níveis históricos de baixa. A falta de chuvas na região contribui para a piora do quadro, deixando moradores em situação crítica.

Diante desse cenário alarmante, o governo de Rondônia decretou estado de emergência nessa segunda-feira (26/08). As autoridades estão em alerta máximo, monitorando a evolução dos incêndios e buscando formas de mitigar os danos ambientais e à saúde pública. A expectativa é de que as queimadas continuem a crescer, a menos que ações imediatas sejam tomadas para conter a devastação.

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