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porto velho, terça-feira 12 de novembro de 2024
No cenário jurídico rondoniense, vive-se uma guerra surda e de alta tensão pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Rondônia (OAB-RO), onde dois gladiadores da lei, Márcio Nogueira, atual presidente em busca de reeleição, e Eurico Montenegro, um jurista de família tradicional das lides forenses, disputam o comando da instituição.
No entanto, o que deveria ser um embate de ideias e propostas para o futuro da advocacia desta terra, transformou-se em um campo minado, repleto de acusações e ataques nos bastidores, em nada contribuindo para o processo democrático e apenas desgastando a imagem da nossa OAB Rondônia.
Ora, nesta quadra de desordem institucional, onde as bases democráticas já se mostram abaladas, com aviltamento reincidente das prerrogativas e do devido processo legal, a classe jurídica precisa erguer-se como um bastião de ética e integridade, porque a advocacia é muito mais do que o mero exercício de uma profissão; é uma missão, um compromisso com a sociedade, e a OAB/RO precisa representar essa missão com dignidade e respeito para o gáudio de todos nós.
O conceito de ética deve ser o escudo que cada advogado carrega, não apenas na prática de nossa profissão, mas também na disputa pelos cargos de liderança de nossa própria classe. É inadmissível que o desejo pelo poder transforme a advocacia em um campo de batalha onde nós, advogados, devoramos uns aos outros em uma guerra canibal.
Desfigurar a OAB/RO com lutas internas e intrigas desonrosas nas redes sociais, apenas contamina a nossa instituição e destrói a confiança que a sociedade deposita nela. Se a advocacia é a “sentinela da Constituição”, então seus líderes precisam agir como guardiões, e não como guerreiros covardes, em uma arena de vaidades, ante as acusações que fazem.
Portanto, neste momento crucial, é necessário que todos os advogados rondonienses se lembrem de que a batalha pelo poder não deve se transformar em um duelo de ofensas e agressões que apenas fragmentam a nossa classe e debilitam a instituição que nós próprios deveríamos proteger.
Esta corrida pelo comando da OAB/RO, precisa voltar ao seu curso normal e ser um exemplo de maturidade e decência, não uma saga de ambições pessoais que espalham veneno e discórdia.
A Ordem não pode ser reduzida a um teatro de rivalidades vazias, onde figuras públicas conhecidas nos balcões dos fóruns, lançam-se em uma luta encarniçada pelo poder para vencer a qualquer custo. Pelo contrário, a advocacia rondoniense precisa erguer a bandeira dos direitos, da ética e da justiça social. Como guardiões do direito e defensores do Estado Democrático, a OAB de Rondônia deve representar a resistência à erosão dos valores fundamentais e não dos seus próprios filiados.
Nesta disputa, colegas advogados, a palavra de ordem deve ser união e compromisso com os valores que sustentam nossa classe. Não podemos permitir que o desejo pelo cargo se transforme em uma guerra de canibais que desgasta a imagem da instituição e fazem certos colegas ficarem com vergonha mais tarde, porque derraparam na curva da insensatez e na gestão dos fatos quando estavam com a "cabeça quente".
Que este processo eleitoral volte a ser pautado pelo respeito e pela ética, em vez de ataques e discórdias que apenas enfraquecem nossa classe. Que o vencedor seja aquele que melhor representa a missão da OAB/RO e que conduza a advocacia rondoniense para um futuro de força e respeito.
Que esta seja uma eleição marcada pela decência, pelo compromisso com a Constituição, com a Instituição e com os Direitos Humanos, lembrando que a advocacia é, antes de tudo, uma missão em defesa da justiça e da sociedade e não um palco de baixarias em busca da presidência. AMÉM!
ARIMAR SOUZA DE SÁ
OAB/RO - 1515