MANAUS (AM) - Considerado o estado que mais consome Tambaqui em todo o país, e por muito bairristas, em todo o mundo, o Amazonas vem dependendo da produção do estado de Rondônia para abastecer o seu mercado interno, é o que aponta o estudo “Solução debaixo d´água: o potencial esquecido da piscicultura amazônica".

Realizado pelo Instituto Escolhas, integrado por pesquisadores amazonenses, esse estudo apontou um declínio da psicultura do Tambaqui no Amazonas entre os anos de 2017 a 2022, período em que a produção caiu de 28 mil toneladas caindo para 21,3 mil toneladas.

De acordo com o estudo, a concorrência do Amazonas com o mercado da psicultura de Rondônia vem se tornando complicada, uma vez que segundo os pesquisadores, o pescado rondoniense possui o que eles consideram como "margem de negociação atraente".

Rondônia vem se firmando como o estado que mais produziu Tambaqui em todo o Brasil, sendo que no último levantamento feito em 2022, o estado produziu 56,4 mil toneladas de pescado provenientes da psicultura, ou seja, mais que o dobro da produção do Amazonas.

Essa questão vem tirando o sono das autoridades públicas amazonenses, que não perdem apenas para estado de Rondônia no quesito da psicultura de peixes amazônicos, produzindo peixes em quantidade menor que estados vizinhos como Roraima, Mato Grosso e Maranhão.