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porto velho, quinta-feira 26 de dezembro de 2024
PORTO VELHO-RO - Com a entrada em vigor da Reforma Tributária, a previsão é de que as passagens aéreas no Brasil se tornem ainda mais caras nos próximos anos, afetando diretamente o bolso dos consumidores. Entre os estados mais impactados, Rondônia já lidera o ranking das tarifas aéreas mais altas do país desde o início de 2024, com um cenário ainda mais preocupante durante os períodos de alta demanda, como o fim de ano.
Nos últimos meses, os moradores e turistas de Rondônia enfrentaram uma realidade difícil: além do aumento substancial nas tarifas, houve também uma redução no número de voos disponíveis.
O fim de ano, período tradicionalmente marcado por um aumento no fluxo de passageiros, trouxe um cenário alarmante para quem precisava viajar, com preços exorbitantes e uma oferta limitada de assentos. A combinação desses fatores fez com que muitas pessoas precisassem optar por alternativas de transporte mais caras ou até mesmo desistir de suas viagens, especialmente em uma região com acesso aéreo mais restrito.
A Reforma Tributária, que alterou a forma de distribuição de impostos entre os estados, trouxe consigo a possibilidade de aumentos nos custos operacionais da aviação, refletindo diretamente nos preços das passagens aéreas. Em Rondônia, que já enfrentava tarifas mais elevadas devido ao seu isolamento geográfico, a situação se agravou. As mudanças fiscais, somadas à menor oferta de voos, tornaram os preços ainda mais elevados, o que deixou muitos consumidores com dificuldades para arcar com os custos de deslocamento.
Esse aumento nas tarifas de passagem e a redução na oferta de voos têm gerado um impacto negativo também no turismo. Rondônia, com seus atrativos naturais e culturais, depende de um fluxo constante de visitantes, mas o alto custo das passagens aéreas, especialmente no fim de ano, pode afastar tanto turistas quanto os próprios residentes, que veem suas possibilidades de viajar cada vez mais limitadas.
A diminuição de voos, principalmente nos períodos de maior procura, é uma resposta direta às dificuldades enfrentadas pelas companhias aéreas em manter a viabilidade econômica das rotas. A redução da oferta, aliada aos aumentos de tarifas, cria um cenário desfavorável para os passageiros, que se veem obrigados a pagar preços exorbitantes por um número limitado de opções de voo.
Especialistas em economia apontam que, embora a reforma tributária tenha como objetivo uma maior equidade na distribuição de recursos, ela também impõe desafios para o setor de aviação, especialmente para estados mais afastados, como Rondônia. O aumento dos custos das passagens aéreas e a diminuição da oferta de voos podem prejudicar a competitividade de diversas regiões e impactar negativamente no turismo e na mobilidade de moradores.
Embora o governo federal tenha prometido medidas compensatórias para mitigar os impactos da reforma tributária, os próximos anos serão decisivos para entender como as mudanças fiscais afetarão o mercado de transporte aéreo. A redução de voos e o aumento das tarifas podem se tornar uma realidade constante, não só no fim de ano, mas durante todo o ano, alterando os planos de viagem de rondonienses e visitantes.