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porto velho, quarta-feira 1 de janeiro de 2025
Agora, diante do impasse, o governo estadual estuda uma nova estratégia: a compra de um hospital já existente na região central da cidade. Embora essa decisão possa oferecer um alívio imediato para as necessidades de saúde, ela levanta preocupações sobre a acessibilidade para a maior parte da população, que vive nas zonas Leste e Sul de Porto Velho.
A escolha de um hospital na área central contradiz a expectativa inicial de construir o Heuro em uma localização mais estratégica, próxima aos bairros de maior densidade populacional. Isso representa um desafio para moradores que, além de enfrentarem longas distâncias, convivem com dificuldades no transporte público e infraestrutura viária.
Além disso, a possível compra de um hospital, embora mais rápida que uma construção do zero, levanta questionamentos sobre a adequação do espaço e a capacidade de atender à alta demanda por atendimentos de emergência e internações que hoje sobrecarregam o João Paulo II.
A falta de avanço no projeto do Heuro evidencia uma gestão pouco eficiente na condução de um tema tão sensível. Desde o anúncio inicial, as expectativas foram alimentadas sem que houvesse resultados concretos. O tempo perdido aprofunda os problemas na saúde pública, que já enfrenta falta de leitos, equipamentos e profissionais suficientes.
Enquanto o governo tenta implementar um plano alternativo, a população segue aguardando por melhorias efetivas no sistema de saúde. A expectativa para 2025 é que as autoridades consigam superar os entraves administrativos e políticos, entregando soluções que realmente atendam às necessidades de Porto Velho e do estado de Rondônia.
No entanto, a decisão de centralizar um novo hospital em uma área distante das regiões mais populosas parece sinalizar mais dias de polêmica e insatisfação.