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porto velho, sábado 15 de fevereiro de 2025
PORTO VELHO - RO - A recente demissão de Júnior Gonçalves, da chefia da Casa Civil de Rondônia, o motivo, segundo analistas políticos, deve ter sido recheado de uma alta dose de 'megatonagem'.
A decisão do governador Marcos Rocha, de acordo com esses mesmos cultores da política local, levanta questionamentos sobre a coragem e a ousadia do chefe do executivo estadual que podem impactar na sua própria candidatura ao senado no ano que vem.
Senão, vejamos: Júnior, além de ter ocupado um cargo de destaque, é ainda presidente estadual do União Brasil e irmão do vice-governador, Sérgio Gonçalves. Ambos dominam o controle do partido, o que coloca Rocha em uma situação delicada, especialmente quando se observa o cenário eleitoral de 2026.
Para o governador Marcos Rocha, a luta por uma vaga no Senado nas eleições de 2026, impreterivelmente passa pelo domínio do União Brasil, portanto dos Gonçalves. Para isso, ele precisa garantir o controle do partido, que está sob a gestão dos irmãos, que detêm influência política com parlamentares que Gonçalves da Casa Civil ajudou quando ocupou a pasta.
No entanto, a situação não é simples. Rocha deseja do 'fundo do coração' que o deputado federal Fernando Máximo seja o candidato a governador, em quem, depois da briga confia mais. Todavia, seu projeto esbarra em uma realidade política concreta: Sérgio Gonçalves, irmão de Júnior, já declarou sua intenção de disputar o cargo e, embora com a timidez política que lhe é peculiar, já está em campo aparecendo para o eleitorado. Isso significa que o União Brasil, um dos partidos-chave para qualquer candidatura majoritária em Rondônia, estará, em grande parte, sob o comando dos Gonçalves, colocando Rocha em uma 'camisa de força'.
Em um ano de grande movimentação política como 2026, as alianças e o controle partidário são essenciais para qualquer pretensão eleitoral. Para Marcos Rocha, a perspectiva de alavancar sua candidatura ao Senado depende de seu poder de articulação dentro do União Brasil, partido que tem fortes raízes em Rondônia e um papel crucial nas eleições estaduais. No entanto, o partido está dividido, com os Gonçalves decididos a manter a liderança e garantir o controle de uma possível candidatura ao governo.
A questão de quem irá assumir o governo de Rondônia em 2026 também levanta um debate importante. Com Sérgio Gonçalves já anunciando sua candidatura, Rocha terá que lidar com o fato de que a corrida pelo governo já está, de fato, traçada, e com o controle do União Brasil nas mãos da família Gonçalves. Isso coloca uma pressão adicional sobre Rocha, que precisa ajustar suas estratégias para o pleito de 2026, considerando que o União Brasil poderá ser fundamental para o sucesso de sua candidatura ao Senado, mas, ao mesmo tempo, a falta de alinhamento com os Gonçalves pode prejudicar suas pretensões.
Essa situação reflete o cenário político atual em Rondônia, onde alianças e controle partidário desempenham um papel fundamental na definição dos rumos das eleições. Para Marcos Rocha, o caminho para o Senado está repleto de desafios, e a relação com os Gonçalves será um fator decisivo para o sucesso de sua candidatura. Ou reata, ou terá que tomar o partido na mão grande em Brasília.
As movimentações políticas em Rondônia para 2026 prometem ser intensas e recheadas de reviravoltas, já que as alianças tradicionais estão sendo testadas e novas forças políticas começam a se posicionar para o próximo pleito.
Com a definição do futuro do União Brasil, ainda em jogo, as eleições estaduais e federais de 2026 em Rondônia deverão ser algumas das mais disputadas da história recente do Estado.