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porto velho, domingo 16 de março de 2025
PORTO VELHO (RO) - A perda do mandato do deputado federal José Lebrão (UNIÃO) deve gerar um conflito de interesse regional para o nome que assumirá o lugar que será recalculado pelo Tribunal Superior Eleitoral - TSE, após a notificação do Supremo Tribunal Federal - STF.
Essa recontagem retira uma cadeira do UNIÃO e passa para o PODEMOS, dando lugar ao mais votado no pleito de 2022, o ex-vereador Rafael Fera. Porém, o político da região do Vale do Jamari foi considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa no pleito do ano passado, quando laçou candidatura à Prefeitura de Ariquemes, no ano passado.
Caçado por conta de decisão colegiada, Fera está impedido de assumir função pública até o ano de 2030, e por esse motivo a sua posse na Câmara Federal poderá ser contestada pelo segundo suplente do partido, que vem da região do cone Sul do Estado, Delegado Flori.
Representando grandes interesses, Flori e seu grupo político podem querer "puxar" a sardinha para o cone Sul do Estado e embargar a posse de Rafael Fera, alegando o entendimento do próprio Tribunal Regional Eleitoral - TRE/RO.
Para Rafael Fera, a única alternativa de reverter a sua inelegibilidade é anular a cassação na Câmara de Vereadores de Ariquemes, que, na atual legislatura, conta com um bom número de aliados, porém, não o suficiente para derrubar a decisão tomada pela legislatura passada.
Informações obtidas pela reportagem dão conta de que Fera está se retratando com alguns dos vereadores que votaram na sua cassação em uma tentativa de reverter a situação ainda desfavorável na Casa de Leis ariquemense.
Enquanto isso, a base de Flori em Vilhena já busca a sua assessora jurídica para dar seus primeiros passos. O fato é que Rafael Fera está com mandato na berlinda antes mesmo de assumir.