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porto velho, domingo 30 de março de 2025
PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta quinta-feira (27) recebeu o coordenador da Defesa Civil, Marcos Berti Cavalcanti, que falou sobre as ações que vêm sendo tomadas pelo órgão durante o período de cheia do rio Madeira na capital rondoniense.
Com o decreto de alerta já valendo para todo o território municipal da capital rondoniense, Marcos Berti afirma que a cota do Rio Madeira já está batendo 16,48 metros e se aproximando da cota de inundação na capital, porém, em várias regiões ao longo do rio Madeira a cota já é uma realidade.
"Hoje o Alto Madeira já está com água, agora imagina o Baixo Madeira, então hoje o Alto, Médio e Baixo Madeira estão em situação de alagação, por isso nosso trabalho está intensificado nestas localidades", falou Marcos Berte.
O coordenador da Defesa Civil fez questão de ressaltar que a população terá de enfrentar problemas típicos a esse período do ano, como, por exemplo, o registro de animais silvestres dentro do perímetro urbano da cidade.
"Primeiro fator é a prevenção, e toda a dinâmica que envolve desde fator de chuva, tempestade, árvores caídas, entre outras, a sociedade pode ligar para o 199 da Defesa Civil. Hoje nós temos equipes espalhadas em todas as regiões que necessitam da atuação do nosso órgão, seguindo a determinação de Léo Moraes (PODE)", falou Marcos Berte.
Ele ainda destacou a gestão integrada que vem sendo realizada pela prefeitura de Porto Velho para o enfrentamento da cheia, que conta inclusive com uma mesa de situação entre os poderes, que interage sobre as ações integradas.
"Hoje nós trabalhamos em um contexto de responsabilidade compartilhada entre as secretarias para evitar doenças, entre outros problemas que geram uma preocupação muito grande", disse Marcos Berti.
O processo de cálculo das cotas do Rio Madeira também foi abordado por Marcos Berte, que esclareceu como se dá essa avaliação para saber o que é emergência, alerta ou alagação.
"No Rio Madeira, quinze metros é o alerta, dezesseis metros é emergencial e dezessete metros já chega na cota de inundação. A gente faz esse monitoramento direto com essas agências, todo esse acompanhamento é realizado em parceria com o Governo Federal. A gente fez uma panfletagem para alertar a comunidade sobre os problemas do inverno amazônico, mas a Semusa também vem fazendo a sua parte para garantir o acesso dessas comunidades à saúde pública", argumentou Marcos Berti.
Garantindo que a Defesa Civil é um órgão integrado, Marcos Berti afirma que a municipalidade vem atuando firme, mas que não abre mão do apoio de outras esferas públicas.
"A Defesa Civil é a infantaria, a primeira que vai ver toda a necessidade, e se ela não tiver condições, ela vai atrás de outros órgãos como Corpo de Bombeiros e Marinha, principalmente para ações de mitigação de impactos, mas no geral a gente vai fazendo as ações dentro do poder da municipalidade", finalizou Marcos Berti.
Confira vídeo: