PORTO VELHO - RO - A Polícia Federal abriu investigação para apurar possíveis irregularidades na destinação de verbas públicas de publicidade institucional. O foco da apuração recai sobre a atuação da agência de publicidade contratada para gerir a conta oficial do Executivo, sob suspeita de beneficiar veículos de comunicação de fachada — os chamados “sites fantasmas” — e páginas com pouca ou nenhuma audiência comprovada.

Segundo fontes com conhecimento do caso, a apuração corre em sigilo, tanto na PF quanto na esfera administrativa do  Executivo. As denúncias iniciais apontam para contratos firmados entre os beneficiários da verba institucional, sem os devidos critérios técnicos de alcance, audiência ou relevância.

Documentos e relatórios com valores supostamente discrepantes já estariam em poder da PF para subsidiar o inquérito. Apura-se indícios de que parte dos valores destinados à publicidade institucional teria sido pulverizada entre sites recém-criados, sem histórico, estrutura física ou sequer equipe jornalística conhecida.

Enquanto isso, cresce a expectativa por desdobramentos nas próximas semanas. O Ministério Público estadual também acompanha o caso com atenção.

Por outro lado, a gerente de atendimento da agência, nega com veemência o suposto favorecimento e defende que a mídia é enviada com critérios técnicos rigorosos.

Nos corredores do Palácio comenta-se que mandatário estaria insatisfeito com o desempenho da SECOM, que vem sofrendo prestígio no meio. Por outro lado, é dada como certa sua saída no decorrer da reforma administrativa que o governo vem implementando ainda no decorrer do mês de julho.