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porto velho, sábado 19 de julho de 2025
BRASIL/RONDÔNIA - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro — como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição do uso de redes sociais — gerou forte reação da bancada federal de Rondônia. Senadores e deputados classificaram a medida como autoritária e uma afronta às liberdades democráticas.
O senador Marcos Rogério (PL) acusou o STF de promover uma “perseguição judicial travestida de decisão técnica”, enquanto Jaime Bagattoli (PL) chamou Moraes de “rei da Toga” e ironizou o papel do Congresso: “Tudo o que aprovamos é anulado pelo Supremo”.
Na Câmara, os deputados Fernando Máximo (União Brasil), Thiago Flores (Republicanos), Lúcio Mosquini (MDB) e Cristiane Lopes (União Brasil) também se posicionaram com firmeza. Denunciaram o que chamaram de “abuso de autoridade”, “perseguição política” e “autoritarismo judicial”.
Em contraste com a reação da maioria, o senador Confúcio Moura (MDB) optou pelo silêncio. Aliado do presidente Lula, Confúcio tem se notabilizado por aplaudir decisões do Supremo que favorecem o governo federal, mesmo quando estas dividem a opinião pública e geram críticas entre seus próprios pares.
A posição quase unânime da bancada rondoniense reforça o alinhamento com Bolsonaro e escancara o clima de tensão institucional entre Congresso e Judiciário.