PORTO VELHO - RO - A atuação da agência responsável pelo gerenciamento da mídia oficial do governo tornou-se alvo de investigações conduzidas por órgãos de controle e pela própria Polícia Federal.

O foco das apurações recai sobre indícios de suposto favorecimento político na destinação de recursos públicos a veículos de comunicação de fachada — alguns deles sem sede física ou qualquer audiência comprovada.

O caso, tratado sob rigoroso sigilo nos bastidores do Executivo, ganha contornos cada vez mais delicados. Informações preliminares apontam que a distribuição de verbas teria sido manipulada para atender interesses de políticos deixando de fora portais tradicionais e consolidados no mercado local.

Entre as principais suspeitas está a suposta criação de “sites fantasmas”, utilizados apenas como fachada para justificar o repasse de verbas públicas. Segundo fontes próximas à investigação, parte da mídia institucional estaria sendo direcionada a essas estruturas artificiais, desprovidas de corpo editorial e sem presença real junto ao público.

A repercussão interna tem sido intensa e já há pressão crescente por responsabilizações. Caso as denúncias se confirmem, é dada como certa a exoneração da atual secretária de comunicação, que segundo informação prestada pela gerente de atendimento da agência, vem da própria Secom as orientações e eles apenas as materializam os PI's que chegam até os veículos.