• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, segunda-feira 20 de outubro de 2025

Máximo pede apoio de Cassol e tira touquinha em sinal de reverência e submissão politica

A cena, registrada na bucólica Fazenda Cassol, em Santa Luzia do Oeste, selou o que muitos chamaram de “ato de fé” na força política do ex-governador...


Redação

Publicada em: 20/10/2025 09:37:56 - Atualizado

PORTO VELHO - RO - Na política rondoniense, os gestos costumam valer mais que discursos — e, neste fim de semana, um simples movimento de mãos disse tudo: Fernando Máximo-União tirou a touquinha diante de Ivo Cassol-PP, pedindo as bênçãos para sua candidatura ao governo de Rondônia, num puro lance de submissão política. A cena, registrada na bucólica Fazenda Cassol, em Santa Luzia do Oeste, selou o que muitos chamaram de “ato de fé” na força política do ex-governador.

Ao lado dele, o senador Marcos Rogério (PL), aquele que nunca perde a chance de misturar pragmatismo com cálculo, acompanhava o pré-candidato em silêncio — mas com a fatura debaixo do braço. Fontes dos bastidores garantem que sua presença foi uma espécie de “visita de cobrança”: Rogério teria ido lembrar ao patriarca cassolista que, em Brasília, votou a pedido do próprio Cassol em favor do PLP 192, projeto que reacendeu as esperanças do ex-governador em voltar ao jogo político e, quem sabe, disputar novamente o governo em 2026, mas cuja pretensão acabou ‘fazendo água’.

O almoço, que oficialmente era “entre amigos”, teve mais tempero político do que churrasco. Máximo buscava as bênçãos do velho líder — e Cassol, sempre calculista, testava a lealdade dos que ainda orbitam sua influência. O ex-governador ouviu, ponderou e distribuiu sorrisos, enquanto Marcos Rogério fazia questão, com sua presença de deixar claro que favores em política têm vencimento.

O encontro, segundo observadores atentos, serviu de ensaio para uma futura aliança de centro-direita — mas também expôs o jogo de forças que ronda as eleições de 2026. Cassol, mesmo fora do governo, ainda dita o tom do interior e mantém vivo o cassolismo como uma espécie de religião política. Máximo, na saída, ao tirar a toquinha em reverência e sinal de submissão, reconheceu publicamente essa autoridade.

Rogério, por sua vez, saiu com a sensação de dever cumprido: Mesmo sem fazer qualquer menção, foi deixar o recado. Afinal, em Rondônia, quem não se ajoelha na fazenda do italiano em Santa Luzia dificilmente sobe o altar do CPA em Porto Velho.

O resultado do encontro? Cassol saiu revigorado, mas  adiou mais para a frente a decisão sobre o pedido de apoio. Máximo se sentiu quase abençoado — e Rogério saiu com o recibo assinado.

A campanha de 2026 mal começou, mas o roteiro já promete: fé, favores e touquinha tirada — o tripé do novo cassolismo político em Rondônia.


Fale conosco