PORTO VELHO (RO) - Ao longo dos últimos três anos, um cenário curioso vem chamando a atenção da população de Porto Velho: escolas estaduais onde milhares de cidadãos do município se formaram permanecem com as portas fechadas ano a fio, perecendo ao relento — tudo isso enquanto o Governo do Estado paga um aluguel milionário para abrigar alunos da rede pública de ensino.

Entre as estruturas públicas que seguem “esquecidas” estão as escolas Castelo Branco e 04 de Janeiro, unidades históricas da cidade que se tornaram prédios fantasmas, uma sombra do que um dia já foram.

Sem qualquer indicativo de que irá retornar a utilizar essas escolas antes do fim do seu mandato, em dezembro de 2026, o governador Marcos Rocha (União) poderá ter a imagem de sua gestão arranhada por conta dessa demonstração de ineficiência na utilização do aparato estatal.

Vale destacar que, em setembro deste ano, o Governo de Rondônia assinou a ordem de serviço no valor de mais de R$ 2,4 milhões. Porém, nada se vê de movimentação de obra no local, mesmo com o prazo de execução estimado em 450 dias e já tendo se passado mais de quatro meses.