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    porto velho, sexta-feira 26 de julho de 2024

Agevisa promove ação no distrito de São Carlos em alusão ao mês de prevenção às hepatites virais

Profissionais de saúde e voluntários vão de casa em casa prestar assistência


Secom

Publicada em: 15/08/2021 11:20:18 - Atualizado

PORTO VELHO, RO - Mais de mil famílias assistidas pela saúde pública na região do distrito de São Carlos, no baixo Madeira, incluindo as localidades de Brasileira, Bom Será, Cavalcante e Cuniã, foram alvo da terceira etapa do Projeto “Rondônia Viva Melhor Sabendo”, desenvolvida pela Associação Beradeiro, com o apoiado do Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), do Ministério da Saúde (MS) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Brasil.

A ação conjunta na comunidade também prolongou as atividades realizadas pela Agevisa em alusão ao “Julho Amarelo”, mês de prevenção às hepatites virais. Com isso, foram realizados teste rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e C, e ainda palestras, orientações, atendimentos, distribuição de preservativos masculinos e femininos.

Profissionais de saúde e voluntários vão de casa em casa prestar assistência

O atendimento na comunidade contou com a participação de profissionais da Saúde do município de Porto Velho que acompanhou as visitas, orientadas por médicos, fonoaudiólogos, enfermeiros, técnicos e voluntários envolvidos na ação.

O projeto tem duração prevista até julho de 2022, e a Agevisa mantém um suporte logístico, de insumos e material gráfico educativo.

A equipe de epidemiologia deixou na unidade de saúde municipal insumos para atendimento à comunidade como: autoteste para HIV, testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e C, material informativo e orientou sobre o plano de eliminação da hepatite C.

As visitas ajudam as equipes de saúde a traçarem um perfil epidemiológico que subsidiam os órgãos públicos no atendimento, inclusive com entrada registrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados da Associação Beradeiro, a região tem indicadores de grande consumo de drogas e álcool, prática sexual sem proteção, o que faz necessário um trabalho mais intenso de orientação, prevenção, diagnóstico, execução, promoção de tratamento de saúde.

“Cada um fazendo um pouco. A busca ativa para encontrar as pessoas com hepatite C, vincular essas pessoas ao sistema de saúde pública, e assim tomar remédios e tratar, evitando problemas maiores e reduzindo o índice de mortalidade”, alertou a coordenadora do núcleo de hepatite virais da Agevisa, Gilmarina Araújo.

AUTOEXAME

Um diferencial levado à comunidade foi o autoexame de HIV, realizado nas residências e implantado na unidade de saúde. O médico voluntário da associação, Pedro Henrique, validou a eficácia do autoexame e a importância de chegar em comunidades de difícil acesso. “Nós já trabalhamos com alguns métodos de diagnóstico, mas entendemos a importância do autoteste pela praticidade de fazer em seu domicilio e buscar atendimento, frente a dificuldade de acesso aos laboratórios”.

“As características das comunidades ribeirinhas e rurais mostram perfil epidemiológicos de interesse para o projeto. Nós levamos o atendimento e ampliamos a possibilidade do diagnóstico de HIV para essas pessoas que têm dificuldade de acesso laboratorial e de obter resultados dos exames”, disse o coordenador do projeto, Marcuce Antônio.

Nágila Maria de Oliveira, moradora da comunidade, disse que a ação é muito importante para os ribeirinhos. “Eu parabenizo as entidades envolvidas porque é um trabalho maravilhoso que vai de porta em porta e traz autoestima para a comunidade”.

Nágila Maria, moradora da comunidade, fez o autoexame

A gerente de epidemiologia da Agevisa, médica Arlete Baldez, disse que o trabalho, realizado em parceria, ajuda o Governo do Estado chegar onde normalmente tem dificuldade. “Eles têm ampla capilaridade nas comunidades, chegam em áreas remotas, de difícil acesso, levando até essas comunidades diagnóstico precoce, tal qual é a proposta do autoteste que está sendo implantado na comunidade de São Carlos”.

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, parabenizou o trabalho da equipe e aproveitou para informar que a Agevisa atua com a distribuição de todas as vacinas. “Inclusive a vacina da hepatite B, está disponível em todas as UBS para atender a população, e que por algumas vezes, as pessoas perdem o prazo e esquecem de completar o esquema vacinal com as três doses. A hepatite é uma doença silenciosa e quando descoberta tardiamente pode se tornar muito grave”.


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