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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
PORTO VELHO, RO - O atendimento prestado aos imigrantes venezuelanos em Porto Velho ganha um reforço estratégico. Nesta segunda-feira (21), o prefeito Hildon Chaves assinou um Termo de Colaboração entre a Prefeitura e duas instituições com experiência em serviços assistenciais. Os recursos disponíveis somam R$ 1,8 milhão.
As instituições em questão são a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) e a Cáritas Arquidiocesana de Porto Velho. Segundo o prefeito, a capital tem sido destino de diversos refugiados, principalmente da Venezuela. Um grupo é composto por índios de várias etnias e outro não indígena. Para ambos, há a necessidade da implementação de diferentes propostas de atendimento.
“Os recursos, na ordem de R$ 900 mil para cada entidade, são necessários para manter esses trabalhos tão importantes e devem seguir por aproximadamente um ano. Com isso, estamos trazendo a Porto Velho o melhor acolhimento possível para esta grande demanda”, acrescentou o prefeito.
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf), Claudi Rocha, para que o recurso fosse garantido houve um grande esforço e empenho do prefeito em busca de garantir os repasses para atender o Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade.
“Hoje, efetivamente podemos dizer que essa política pública será implementada para o imigrante indígena Warao e aos demais que chegarem a Porto Velho. O serviço de suporte realizado pela Semasf será mantido, agora com reforço”, afirma o secretário.
PARCERIA
O arcebispo e líder da Igreja Católica de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, reconhece que o trabalho agora ganha reforço com responsabilidade e compromisso. Um caminho que vem sendo seguido à promoção da esperança e dignidade de pessoas vulneráveis.
“A Cáritas vem desenvolvendo, há anos, um trabalho em atendimento aos pobres, com imigrantes refugiados e de forma inclusiva, com geração de renda e resgate da vida”, informa Paloschi que defende a parceria entre o Poder Público e a entidade presente em 165 países e territórios.
O arcebispo reitera que o trabalho atua na tentativa e no esforço de responder a este desafio. “Vamos procurar fazer aquilo que devemos fazer que é cuidar, zelar e proteger a vida de pessoas e de imigrantes que pedem de nós uma resposta”, acrescenta Paloschi.
Já o pastor João Paulo Dias de Carvalho, diretor regional da ADRA, agência humanitária presente em 130 países, destaca que há um trabalho direcionado a pessoas em vulnerabilidade como imigrantes e refugiados. “Temos vários projetos espalhados pelo Brasil, ajudando a quem está fugindo de seus países de origem em função de crises políticas ou financeiras", informa. A experiência neste atendimento e em demais serviços já ocorre em Porto Velho desde 2019.
“Graças a essa parceria com o município, estaremos gerindo uma casa de passagem para 40 pessoas, aproximadamente. Faremos um trabalho de acompanhamento psicológico, capacitação ao mercado de trabalho e interiorização. O trabalho que a ADRA desenvolve é de alta relevância por causa dos resultados que a gente vem colhendo”, finaliza Carvalho.
REGISTROS
A assinatura contou com a presença do pastor Emerson Campanholo, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Rondônia e Acre e da Irmã Celi Gonçalves de Souza, diretora da Cáritas Arquidiocesana.