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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
PORTO VELHO/RO- A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade e um grave problema de saúde pública, especialmente no Brasil, segundo país com maior número de casos no mundo. Anualmente, o Ministério da Saúde promove o "Janeiro Roxo", mês de conscientização sobre a doença, campanha fundamental para alertar a população sobre o diagnóstico precoce.
Em Porto Velho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) vai promover uma série de atividades durante todo o mês de janeiro. O objetivo é intensificar as ações de prevenção, realizando busca ativa de casos e levando as informações mais importantes à população.
De acordo com Sheila Arruda, coordenadora municipal da hanseníase, a pandemia da covid-19 levou a uma subnotificação da doença, deixando a falsa impressão de diminuição dos casos. Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa apontam que em 2018 foram registrados 87 novos casos. Em 2019 o número foi 71. Já em 2020, no auge da pandemia, os novos casos de hanseníase foram 42 com um discreto aumento em 2021 e 2022 com 63 e 65 casos respectivamente.
“É uma enfermidade que pode atingir principalmente a pele, mas que consequentemente evolui e compromete outras regiões do corpo. É importante que a população tenha conhecimento dos sintomas, que são manchas, diminuição ou ausência de sensibilidade na pele, aparecimento de caroços ou nódulos no corpo, dentre outros”, esclarece a enfermeira Albanete Mendonça que atua na coordenação de combate à hanseníase.
A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito. Pessoas com sintomas devem procurar qualquer unidade básica de saúde da rede municipal. Casos confirmados com necessidade de avaliação especializada são encaminhados à Policlínica Rafael Vaz e Silva, estabelecimento referência no tratamento da doença.
A hanseníase é transmitida através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio às secreções nasais e gotículas da fala, tosse e espirro. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença, porém todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.
Ainda de acordo com Sheila Arruda, o enfrentamento à hanseníase baseia-se na busca ativa de casos novos para o diagnóstico precoce, tratamento oportuno, prevenção das incapacidades e investigação dos contatos, como forma de eliminar fontes de infecção e interromper a cadeia de transmissão da doença.
Programação Janeiro Roxo 2023
16 a 19 de janeiro - Capacitação teórico-prática em Prevenção de Incapacidades e Reabilitação em Hanseníase (16 e 17 parte teórica no Teatro Banzeiros / 18 e 19 parte prática – UBS da Zona Leste).
20 de janeiro - Abertura oficial da Campanha "Janeiro Roxo".
20 de janeiro - Pit stop de conscientização sobre a hanseníase na Av. Sete de Setembro, com Campos Sales.
23 a 26 de janeiro - Palestra de sensibilização em hanseníase nas Unidades de Saúde de Porto Velho.
27 de janeiro - Pit stop de conscientização sobre a hanseníase na Av. Sete de Setembro, com Campos Sales.
O que é Hanseníase?
Doença infecciosa e contagiosa que causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele que pode apresentar alteração de sensibilidade. Nestes casos, a pessoa não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e nem mesmo o toque. É comum ter a sensação de formigamentos, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés e mãos) e, em algumas áreas, diminuições do suor e de pelos.
Atenção: o paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo.
Como é Transmitida?
A transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio às secreções nasais e gotículas da fala, tosse e espirro.
Onde buscar tratamento?
A hanseníase tem cura. O tratamento é gratuito e realizado em todas as Unidades de Saúde. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença, porém todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de Hanseníase devem ser examinadas.
Texto: Luciane Gonçalves
Foto: Arquivo SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)