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    porto velho, quinta-feira 5 de dezembro de 2024

Lula da guinada para China e Brasil já possui 124 bilhões de iuans em reservas internacionais

Acordo bilateral foi firmado com a China em 2023 para viabilizar transações diretas utilizando apenas moedas locais, sem precisar do dólar


cnn

Publicada em: 03/12/2024 16:35:14 - Atualizado


O Brasil encerrou o ano de 2023 com 124 bilhões de iuans em reservas internacionais, de acordo com um relatório do Banco Central (BC).

A autarquia destaca um aumento na proporção da moeda renminbi (CNY) nos cofres brasileiros, que passou de 1,1% em 2019 para 4,8% em dezembro do ano anterior.

Ao final de 2023, as reservas eram compostas por 79,99% de dólares norte-americanos, 5,24% em euro, 4,8% em renminbi, 3,58% em libra esterlina, 2,6% em ouro, 1,8% em iene, 1,01% em dólar canadense e 0,9% em dólar australiano. O montante total de moedas estrangeiras era equivalente a US$ 355,03 bilhões.

“Verifica-se, em todo o período, o dólar norte-americano como moeda de maior participação nos investimentos das reservas internacionais”, pontuou o BC. Porém, nota-se que a fatia composta pela moeda dos Estados Unidos caiu de 86,77% para 79,99% entre os anos de 2019 e 2023.

O país e a China firmaram no ano passado uma série de acordos bilaterais para viabilizar transações direta entre as partes utilizando apenas suas moedas locais, sem necessitar da divisa norte-americana.

Em 2021, a autarquia mostrou que a contribuição de renminbi foi elevada, que o dólar canadense (CAD) e o dólar australiano (AUD) foram incluídos na alocação estratégica, e que, em razão das características anticíclicas em momentos de estresse, a posição em ouro também aumentou.

No mesmo ano houve uma maior diversificação na alocação de moedas das reservas internacionais, sem prejuízo do perfil anticíclico da carteira como um todo, quando comparado ao perfil dos investimentos em 2020.

“Desde 2022 não houve variações significativas na composição em relação ao fechamento do ano anterior”, afirmou o relatório.

Nos últimos anos, uma série de países emergentes têm avaliado a necessidade de reforma do sistema financeiro internacional, a fim de tornar os negócios entre as nações mais inclusivos, adaptados a suas respectivas realidades e menos dependentes do dólar – processo como desdolarização.




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