BC começa a restringir Pix a instituições autorizadas a partir deste mês
Segundo o Banco Central, as novas medidas vão trazer mais segurança e agilidade às contas e cobranças
Ana Vinhas
Publicada em: 06/01/2025 09:52:22 - Atualizado
BRASIL: O BC (Banco Central) começou a restringir neste mês a adesão ao Pix apenas a instituições autorizadas. A medida é para aumentar a segurança, supervisão e transparência do sistema de pagamento instantâneo. Com isso, as empresas que não solicitaram autorização para funcionamento dentro do cronograma serão excluídas.
As que tiverem o pedido de autorização indeferido pelo BC também não poderão oferecer o serviço de transações via Pix. Bancos, instituições de pagamento, cooperativas de crédito e outros tipos de sociedade fazem da lista de participantes ativos do sistema atualmente.
Para as instituições impactadas pela medida, o pedido de autorização deverá agora ser feito de acordo com a data que elas aderiram ao Pix. Veja o cronograma abaixo:
Instituições de pagamento que aderiram até dezembro de 2022 poderão fazer o pedido até março de 2025.
Entre abril de 2025 e dezembro de 2025, para as instituições de pagamento que aderiram entre janeiro de 2023 e junho de 2024.
Entre janeiro de 2026 e dezembro de 2026, para as instituições que aderiram entre julho de 2024 e o final deste ano.
Além dessa regra de segurança, o Banco Central terá outras novidades ligadas ao Pix neste ano, como o novo boleto e ampliação do Pix por aproximação a partir de fevereiro. Veja a seguir as mudanças do sistema de pagamento instantâneo:
Boleto com QR Code
Mudança está prevista para entrar em vigor no dia 3 fevereiro de 2025.
Contas e cobranças poderão ser pagas por meio do Pix, com um QR Code específico, inserido no próprio boleto.
Atualmente, os boletos só podem ser pagos por código de barras. Essa
Pix por aproximação
Já em funcionamento em algumas instituições, a partir de 28 de fevereiro será ampliado, com as novas regras para o sistema Open Finance.
O cliente aproxima seu celular do dispositivo do recebedor (a “maquininha”) para que a transação possa ser realizada via Pix, de forma semelhante ao que já ocorre com os cartões de pagamento, usando a tecnologia NFC (Near Field Communication).
O Pix por aproximação pode ser feito por meio de uma carteira digital ou pelo aplicativo da instituição de relacionamento do cliente.
Pix Automático
Começa a funcionar em 16 de junho de 2025.
Na prática, a nova forma de pagamento será semelhante ao débito automático, que pode ser autorizado nas contas bancárias, com a diferença de que poderá ser feito por Pix.
O Pix automático poderá ser usado para fazer pagamentos, como contas de água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de saúde etc.
A pessoa só precisa dar autorização prévia para o início das cobranças. Depois, os débitos serão feitos automaticamente.
A principal vantagem em relação ao débito automático, conforme a autoridade monetária, além da instantaneidade nas transações, será a não cobrança de tarifas, no caso de pessoas físicas.
Agenda futura do Pix
QR Code gerado pelo pagador
Pix Garantido
Ferramenta para consulta de transações liquidadas no SPI (Sistema de Pagamento Instantâneo)
Plataforma Centralizada (Cobrança Centralizada de Pix Cobrança Contratos Inteligentes; Duplicata no Pix)
Pix Internacional
API de Pagamentos (sistema de comunicação entre instituições financeiras e sites de vendas)
Novas formas de iniciação do Pix (NFC; Bluetooth; RFID; Reconhecimento facial)
Regras para split de pagamentos (separação dos pagamentos, de forma automatizada)
Histórico do Pix
O Pix já é o meio de pagamento mais utilizado entre os brasileiros. Lançado oficialmente em novembro de 2020, o serviço de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central é usado por 76,4% da população. Em seguida, vêm o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro (68,9%). Os dados estão na pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, publicada pelo BC.