Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 12 de fevereiro de 2025
BRASIL: A pesquisa mais recente feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre o preço da cesta básica em 17 capitais do país mostrou que o preço médio do produto voltou a crescer em janeiro. No primeiro mês do ano passado, o valor tinha caído R$ 5,11 em relação a janeiro de 2023 — interrompendo uma sequência de seis altas —, mas em janeiro deste ano o preço médio aumentou R$ 31,14 em relação ao mesmo mês de 2024.
Em janeiro deste ano, o preço médio da cesta básica nas capitais que participaram do estudo foi R$ 714,65, contra R$ 683,51 em janeiro de 2024.
Segundo os dados, as maiores variações foram encontradas em Fortaleza (CE), João Pessoa (PB) e Natal (RN), com altas de R$ 82,12, R$ 58,87 e R$ 58,40, respectivamente.
As únicas cidades analisadas pelo levantamento que tiveram queda foram Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (RS), com de R$ 20,53 e R$ 7,22.
O levantamento do Dieese mostrou que o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. Em 12 meses, as capitais com as maiores altas foram Goiânia (91,52%), Belo Horizonte (83,20%) e Aracaju (83%). Segundo a instituição, “os aumentos refletiram a oferta mundial restrita e a especulação do grão nas bolsas”.
Outro item que ficou mais caro em todas as capitais analisadas foi o leite integral, com taxas entre 7,11%, no Rio de Janeiro, e 22,19%, em Belém.
Além disso, o preço do quilo do pão francês aumentou em 16 cidades no mês passado em relação a janeiro de 2024. A exceção foi Aracaju, com queda de 1,32%. As capitais com maior variação positiva foram Porto Alegre (9,09%) e Campo Grande (7,22%).
“A menor oferta de trigo nacional e a necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado, encareceram a farinha de panificação, o que explica a alta do preço do pão francês no varejo”, disse o Dieese.
O feijão carioquinha e o feijão preto ficaram mais baratos em 12 meses nas 17 cidades pesquisadas. “A baixa demanda, devido às férias escolares, e o satisfatório nível de oferta explicam a diminuição no varejo”, explicou o Dieese.
Além disso, o preço do arroz agulhinha caiu em 10 cidades na comparação com janeiro de 2024. “A maior oferta, devido às importações de arroz, e o baixo movimento no mercado de compra e venda são responsáveis pelos valores menores na maior parte das cidades”, constatou a pesquisa.