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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL - Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) preveem que a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) a ser finalizada na próxima quarta-feira (2) vai conduzir a taxa básica de juros da economia de volta aos dois dígitos.
A alta, estimada novamente em 1,5 ponto percentual, tem o objetivo de conter o avanço da inflação e deve levar a Selic ao patamar de 10,75% ao ano, o maior nível desde julho de 2017.
A trajetória de alta da taxa básica começou em março do ano passado, quando a Selic figurava no menor patamar da história, de 2% ao ano, após uma série de reduções iniciada em 2016. Para o fim de 2022, a projeção é de que a taxa alcance 11,75% ao ano.
A elevação da taxa de juros é o instrumento de política monetária mais utilizado para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam outras alternativas de investimento.
Junto com as perspectivas de que o BC vai apostar em novas altas da taxa básica de juros, os analistas elevaram, pela terceira semana consecutiva, as previsões de inflação para este ano. A nova expectativa prevê um salto de 5,38% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2022, ante previsão de 5,15% apurada na semana passada.
Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2022 acima do teto da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Para o ano que vem, as apostas são de que os preços vão subir 3,5%.
Mesmo com as alterações, a expectativa para o dólar no fim deste ano ficou mantida em R$ 5,60. Para os preços administrados, tais como os de energia, combustíveis e planos médicos, a expectativa de alta passou de 4,74% para 5,1%.