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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL - O emprego, o faturamento e a utilização da capacidade instalada nas indústrias encerram 2021 em crescimento na comparação com 2020. Mas houve desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, com tendência de queda da atividade industrial no segundo semestre do ano passado.
É o que aponta a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta sexta-feira (4) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O levantamento revela o comportamento efetivo da atividade econômica do setor por meio de variáveis como faturamento, emprego, remuneração e utilização da capacidade.
Entre os pontos para o recuo no segundo semestre estão a persistência da pandemia de Covid-19 e o desarranjo das cadeias de suprimentos, que contribuem para que a recuperação não se complete e para que se mantenha o contexto de incerteza e altos custos na indústria de transformação.
Já a massa salarial real e sobretudo o rendimento médio real, pressionados pela inflação, seguiram em queda na maior parte de 2021.
O faturamento real da Indústria de Transformação caiu 0,3% em dezembro de 2021 na série livre de efeitos sazonais, encerrando o ano com alta de 3,7%, na comparação com 2020. Esse aumento se deve ao patamar elevado em que o faturamento começou o ano, uma vez que o indicador registrou quedas sucessivas ao longo dos meses.
As horas trabalhadas na produção cresceram 3,3% em dezembro em 2021 na série livre de efeitos sazonais, acumulando avanço de 9,4% em relação a 2020. O volume de horas trabalhadas caiu ao longo do primeiro semestre, mas voltou a registrar altas consistentes nos últimos três meses do ano. Dessa forma, a comparação entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2020 indica alta de 1,4%.
O emprego manteve-se estável em dezembro, na série livre de efeitos sazonais. Apesar disso,
encerrou 2021 com avanço de 4,1% em relação a 2020. O crescimento ocorreu essencialmente no primeiro semestre, já o segundo semestre foi marcado pela estabilidade.