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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Se mais de 155 mil brasileiros comemoraram em janeiro a saída da fila do desemprego, é bem provável que já tenham se dado conta de que seus salários compram menos do que seus ganhos em trabalhos anteriores.
Os dados do emprego foram divulgados na quinta-feira (10) pelo Ministério do Trabalho.
Quem foi contratado com carteira assinada em janeiro de 2021 ganhava em média R$ 1.944,20. Um ano depois, num período em que a inflação subiu 10,65% (IPCA, do IBGE), o salário inicial foi de R$ 1.920,59.
Se R$ 24 a menos não parecem muita coisa, levando em conta que o salário de R$ 1.944 deveria subir para R$ 2.151 para suprir as perdas com a inflação apurada pelo IPCA em doze meses, essa diferença chega a R$ 231.
A situação poderia ser pior. De dezembro do ano passado a janeiro deste ano, houve melhora no valor. Pagavam-se R$ 1.805,35 e houve elevação de 6,3%, para R$ 1.920,59.
O pior salário já pago aos novos funcionários formais durante a pandemia de Covid-19 ocorreu em novembro de 2020, R$ 1.713,56 em média. O maior foi o de abril de 2021: R$ 2.007,85.
De dezembro de 2021 a janeiro de 2022, houve 1.777.646 admissões no mercado brasileiro e 1.622.468 demissões.
A situação já foi pior. Em novembro do ano passado, o valor pago pelos empresários do país a novos contratados era de R$ 1.803,83.