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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
O dólar recuou nesta quinta-feira (31) e fechou o mês e o trimestre com forte queda frente ao real.
A moeda norte-americana caiu 0,57%, a R$ 4,7592. Na mínima do dia, chegou a R$ 4,7218. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,61%, a R$ 4,7866. Com o resultado desta quinta, acumulou queda de 7,70% no mês. No trimestre, teve baixa de 14,63% frente ao real, a maior desde 2009 para o período.
Na agenda doméstica, o IBGE divulgou mais cedo que a taxa de desemprego ficou em 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro. O rendimento real do trabalhador, por sua vez, parou de cair – mas foi o menor para um mês de fevereiro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
No exterior, os preços do petróleo despencaram nesta quinta-feira, em meio a notícias de que os Estados Unidos liberar parte de suas reservas estratégicas de petróleo.
A disparada nos preços das commodities e juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.
"O BC (do Brasil) vem tentando controlar a inflação desde o ano passado, enquanto os EUA ainda não estão aumentando os juros como deveriam, na minha opinião", disse à Reuters Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest. "Isso atrai investimento internacional; faz com que, apesar da inflação alta no mundo inteiro, aqui seu dinheiro renda."