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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Após um primeiro trimestre positivo para os ativos domésticos, o dólar seguiu sua trajetória de queda enquanto a Bolsa teve forte alta nesta sexta-feira (1º). No pregão, investidores repercutiram a divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos abaixo do esperado.
A moeda americana terminou com baixa de 1,94%, negociada em R$ 4,6668, após atingir a mínima de R$ 4,6623. Este é o menor valor de fechamento desde o pregão de 10 de março de 2020, quando esteve cotada em R$ 4,6447. No ano, o dólar já cumula perdas de 16,29% ante o real.
O Ibovespa, por sua vez, subiu 1,31%, aos 121.571 pontos. O principal índice da B3 foi sustentado pela alta dos papéis da Vale e de outras empresas ligadas à economia local.
Para o sócio e gestor da Galápagos Capital, Sérgio Zanini, o real seguiu se beneficiando da entrada de fluxo estrangeiro no país, que também ajudou no desempenho positivo da Bolsa. "A queda do dólar segue impulsionada por fluxos de estrangeiros. O Brasil está mais bem colocado que seus pares emergentes", analisou.
Ele destaca que a queda no dia pode ter sido intensificada pela virada do mês, quando muitos participantes do mercado reposicionam suas posições. Além do fluxo, o real vem se beneficiando do diferencial do juro local frente ao praticado em outros países e do patamar alto dos preços de commodities.
O relatório do mercado de trabalho americano, o chamado "payroll", mostrou a criação de 431 mil empregos não agrícolas em março ante os 750 mil gerados em fevereiro, após revisão. Apesar de sólidos, os números vieram abaixo das expectativas do mercado, que rondavam a casa das 490 mil vagas.
A taxa de desemprego caiu para 3,6%, a menor desde fevereiro de 2020, antes os 3,8% em fevereiro. O rendimento médio por hora aumentou 0,4%, após alta de 0,1% em fevereiro.