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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: A Fundação Getúlio Vargas calculou em 11,5% o aumento do bacalhau em relação ao ano passado. Como consequência, muitas pessoas buscaram outras opções de peixes mais econômicas para o preparo de pratos diferenciados, como a tilápia, a tainha e a sardinha.
Segundo informou o economista e pesquisador do Ibre/FGV, Matheus Peçanha, ao contrário do ano passado, quando problemas climáticos e a desvalorização cambial afetaram tanto a produção nacional do campo como os importados, o problema de monções em 2022 e o fim da seca generalizada fizeram os produtos hortifrutigranjeiros assumirem o protagonismo da inflação.
Entre os produtos que mais subiram, o economista destacou os relacionados aos hortifruti, proteínas e importados, como couve (21,50%), batata-inglesa (18,43%), sardinha em conserva (16,44%), azeite (15,63%), azeitona em conserva (14,38%) e bacalhau (11,50%).
Peçanha informou que se o arroz fosse retirado da cesta, a inflação dos itens de Páscoa seria superior ao IPC-M, alcançando 9,79%.
Alexandre Bastos, gerente de compras de uma peixaria da Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, explica que os peixes são pescados no litoral brasileiro e levados para a exportação. "Estamos competindo diretamente com mercado de exportação. Os peixes que sobram ficam a preço de exportação, a gente acaba pagando em dólar", justifica.