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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
O Ibovespa fechou em alta de 1,25%, aos 104.396,90 pontos, nesta quarta-feira (11), favorecido por uma aversão menor a riscos ao redor do mundo e pela alta de ações ligadas a commodities, principalmente o petróleo e o minério de ferro.
O dólar subiu 0,22%, cotado a R$ 5,145, seguindo o desempenho no exterior conforme o mercado repercute as divulgações do Índice de Preços ao Consumidor (CPI na sigla em inglês) dos Estados Unidos e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil, ambos referentes a abril.
O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2022 – movimento que acontece desde 6 de maio. A operação do BC pode ajudar a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o banco poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.
A moeda tomou fôlego de forma paulatina a partir do começo da tarde. Ainda pela manhã, chegou a oscilar entre R$ 5,1723(+0,74%) e R$ 5,093 (-0,80%).
Na terça-feira (10), o dólar teve queda de 0,41%, a R$ 5,134. Já o Ibovespa caiu 0,14%, aos 103.109,94 pontos.
Os contratos futuros de minério de ferro na China saltaram mais de 5% nesta quarta-feira, depois de caírem por três sessões consecutivas, com o aumento das esperanças de recuperação da demanda nas usinas mesmo com os lockdowns contra a Covid-19 no país interrompendo a atividade econômica.
Os futuros de minério de ferro mais ativos na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, chegaram a subir 6,6%, para 831 iuanes (US$ 123,72) por tonelada –o maior ganho percentual desde 7 de março. O contrato fechou com alta de 5,3%, a 821 iuanes por toneladas.
Na bolsa de Cingapura, o contrato de minério de ferro mais negociado de junho ganhou 4,3%, para 131,85 dólares por tonelada.
“O impacto [da pandemia] em áreas como Tangshan está diminuindo, e o transporte de matérias-primas foi retomado”, disseram analistas da Haitong Futures em nota, acrescentando que a produção diária de ferro fundido se recuperou em relação às semanas anteriores.
Ao mesmo tempo, nesta quarta-feira, o petróleo Brent fechou a US$ 107,51 o barril, com alta de 4,93%. Enquanto o WTI terminou cotado a US$ 105,71, com valorização de 5,96%.
Na contramão da véspera, quando fechou abaixo de US$ 100 o barril, para seu menor patamar em duas semanas, com as perspectivas de demanda pressionadas por lockdowns contra o coronavírus na China e crescentes riscos de recessão.
O indicador dos EUA desacelerou em abril ante março, a primeira vez desde agosto de 2021, indicando que os Estados Unidos superaram um pico de inflação. As pressões inflacionárias persistem, com a variação em 12 meses acima de 8%,mas o resultado pode levar o Fed a realizar altas de juros menos intensas que o previsto, longe dos 0,75 p.p..
Porém, o CPI não é a principal medida de inflação acompanhada pelo Federal Reserve, mas fornece informações ao mercado sobre a situação do país.
O IPCA, medida oficial de inflação do Banco Central, também desacelerou em relação a março, vindo levemente acima das expectativas do mercado. Entretanto, a alta de 1,06% foi a maior para o mês desde 1996. A projeção atual do mercado é que o BC realize mais uma alta na taxa Selic em junho, encerrando o ciclo em 13,25% ao ano.
O instigador mais recente da aversão global a riscos foi a alta de juros nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve na quarta-feira (4). Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.
Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança, mas prejudica as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.
Junto com uma série de elevações de juros pelo mundo, os lockdowns na China para tentar conter a Covid-19 aumentam as projeções de uma forte desaceleração econômica, prejudicando os mercados.
O crescimento das exportações chinesas desacelerou a um dígito, nível mais fraco em quase dois anos, enquanto as importações mal mudaram em abril, ampliando as preocupações econômicas.