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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
O dólar fechou em alta de 0,94%, cotado a R$ 5,14, nesta terça-feira (16), beneficiado pela continuidade da aversão a riscos entre os investidores após dados sobre a economia da China reforçarem temores sobre uma recessão econômica global e à espera da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
Já o Ibovespa teve ganhos de 0,43%, aos 113.512,38 pontos, renovando as máximas em quatro meses. O índice foi puxado para cima devido a uma recuperação de ações ligadas a commodities, principalmente o minério de ferro, após as perdas na sessão anterior causadas pelos números sobre a economia chinesa, além de ter acompanhado o desempenho positivo das bolsas no exterior.
Dados de vendas no varejo e produção industrial da China tiveram desaceleração em julho na comparação com o mês anterior e ficaram abaixo do esperado pelo mercado, enquanto o investimento imobiliário teve um novo recuo.
Os números reforçaram a perspectiva de desaceleração da economia chinesa, fazendo os investidores procurem ativos seguros. Mercados ligados a commodities, como o brasileiro, tendem a ser mais prejudicados pela perspectiva de demanda menor.
Na segunda-feira (15), o dólar teve alta de 0,36%, cotado a R$ 5,092. Já o Ibovespa avançou 0,24%, aos 113.031,98 pontos.
Os contratos futuros de minério de ferro tiveram uma sessão volátil nas bolsas de Dalian e Singapura nesta terça-feira, com traders avaliando as restrições no consumo industrial de eletricidade na província chinesa de Sichuan, que atingiram a produção de aço.
O contrato do minério de ferro de setembro na Bolsa de Cingapura caiu 0,3%, a US$ 105,65 a tonelada, revertendo os ganhos registrados mais cedo.
O minério de ferro mais negociado, para entrega em janeiro de 2023, na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações com queda de 0,3%, a 720,50 iuanes (US$ 106,06) a tonelada.
No início da sessão, o ingrediente siderúrgico foi impulsionado por notícias de mais apoio do governo para incorporadores imobiliários chineses atingidos por uma crise financeira e perspectivas de projetos de infraestrutura acelerados na China.
A forte aversão global a riscos dos investidores, desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, aliviou nos últimos dias, refletindo a expectativa de um ciclo de alta de juros menos agressivo nos Estados Unidos.
O processo de elevação da taxa norte-americana continuou em julho com uma nova alta de 0,75 ponto percentual. Entretanto, o Federal Reserve sinalizou que pode realizar altas menores conforme a economia do país já dá sinais de desaceleração, buscando evitar uma recessão.
Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.