BRASIL- Mesmo com o clima adverso registrado nas últimas semanas, a produção de grãos para 2023 está estimada em 310,6 milhões de toneladas. A cifra, divulgada na 4ª feira (8.fev) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta um incremento de 38,2 milhões de toneladas em relação à temporada anterior, sobretudo devido ao início da colheita do milho e da soja no Rio Grande do Sul.

Principal grão cultivado, a oleaginosa deve atingir uma produção de aproximadamente 152,9 milhões de toneladas. Segundo a entidade, o plantio foi praticamente finalizado e a colheita da safra deste ano teve início em várias regiões do país. Apesar do cenário positivo, é possível que as chuvas volumosas causem atrasos nos trabalhos de colheita, fazendo com que a produtividade seja cerca de 20% menor.

As chuvas também atrasam o início do plantio do milho, registrando apenas 10,7% de área plantada. Ainda assim, a Conab espera um aumento tanto na área quanto na produtividade, o que deve resultar em uma colheita na primeira e segunda, podendo registrar 26,5 milhões de toneladas e 95 milhões de toneladas, respectivamente. Os ganhos só não são maiores devido aos problemas climáticos no Sul.

Para o algodão, a estimativa é de uma produção de 3 milhões de toneladas apenas da pluma, elevação de 19,2%. Se confirmado o resultado, a colheita retorna ao patamar de volume produzido antes do período da pandemia. No caso do trigo, houve ajuste na produção da safra, com estimativa de colheita de 10,6 milhões de toneladas, crescimento de 37,4% em relação à safra de 2021.