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    porto velho, sábado 20 de abril de 2024

Gabi Levinnt expõe casos de assédio sexual e moral no Pânico e desabafa

Em entrevista ao jornal O Dia, ela revelou que precisou fazer terapia para se recuperar dos episódios de assédio moral e sexual que sofreu


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Publicada em: 13/06/2021 11:22:40 - Atualizado

BRASIL: A modelo Gabi Levinnt fez parte do grupo de assistentes do Pânico entre os anos de 2012 e 2018. Mesmo após esse período, a ex-panicat guarda traumas de quando integrou a atração.

Em entrevista ao jornal O Dia, ela revelou que precisou fazer terapia para se recuperar dos episódios de assédio moral e sexual que sofreu. Atualmente, a musa trabalha no YouTube e na rádio Jovem Pan.

“Eu falo de fofocas e principalmente de assédios sexual e moral que eu sofri durante os quatros anos que trabalhei no ‘Pânico’. Entrei lá em 2012 e saí em 2018 e vi como era um ambiente machista e tóxico. Muita baixaria”, começou dizendo.

A musa lembrou ainda que sua participação ficou mais frequente no Pânico após uma aparição na época em que ainda fazia parte do extinto Legendários, da Record. Foi nessa época que os assédios começaram.

Passei a ser chamada para outras gravações e uma vez no intervalo de uma delas, um dos diretores me chamou para um reservado. Eu juro que achei que ele iria passar alguma coisa, uma dica ou me cobrar algo. Não levei na maldade mesmo, mas aí ele me agarrou e colocou o p… para fora. Praticamente me obrigou a fazer um BO… e disse : ‘se você quer aparecer mais, tem que colaborar’. Saí correndo, me mantive quieta o resto do dia e deixei para pensar o que iria fazer no dia seguinte. Decidi ver qual era a situação”, detalhou.

Sem citar nomes, Gabi revelou o mesmo diretor estava envolvido na mesmo situação com ex-colegas de elenco e que era uma atitude “comum” nos bastidores:

“Percebi que aquilo era uma coisa rotineira e que todas as meninas eram assediadas. Das panicats mais famosas até as que só eram participantes de alguns quadros como eu era, todas eram assediadas sexualmente. Também fui vendo que as meninas que topavam ‘colaborar’ iam subindo, iam aparecendo mais nos programas, ganhavam destaques. Nós éramos chamadas de p… e vagabundas pelos diretores e pelos atores. Diariamente. Os únicos que nos respeitavam eram o Carioca, Ceará e o Emílio. O resto nos xingava direito. Eu não ligava muitos para os xingamentos e não me afetavam porque eu sabia que aqueles adjetivos não eram pra mim“.

Levinnt complementou: “O que me deixava irritada e possuída de ódio era ter que sair ou dar para alguém para ganhar um destaque no programa. Também não gostava quando passavam a mão na minha bunda. Era direto, eu ficava indignada”.

A jovem explicou ainda que não denunciou na época, pois precisava seguir trabalhando, afinal o programa gerava uma publicidade para sua carreira. Dois meses após deixar o elenco, o programa chegou ao fim na Band.

A modelo disse que não denunciou na época pela necessidade de seguir trabalhando — com a publicidade que o programa trazia — e que, dois meses após sair do elenco, o programa acabou na Band.


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