Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 10 de maio de 2025
BRASIL - A defesa do cantor Belo e da esposa dele, Gracyanne Barbosa, se manifestou na Justiça, pela primeira vez, nesta terça-feira (6) no processo movido pelo dono de uma mansão em Moema, na Zona Sul de São Paulo, onde o casal teria morado sem pagar aluguéis.
O advogado do artista pediu à Justiça que seja reconhecida a "ilegitimidade passiva deles, a extinção da ação em relação aos dois ou a nulidade da citação do casal com a anulação da sentença e o retorno do processo à 1ª instância".
O contrato de locação estava no nome de uma empresa cujo proprietário morreu aos 77 anos, em setembro de 2018. A morte foi constatada no pronto-socorro de Santos. Desde dezembro daquele ano, os aluguéis do imóvel na capital paulista não foram mais quitados, segundo o proprietário.
Ao g1, um representante da Central de Shows e Evento Ltd afirmou que o dono "emprestou o nome" ao artista para que fosse feita a locação do imóvel. Belo e a esposa não assinaram o documento, mas moraram no imóvel, conforme o proprietário afirmou no processo.
Segundo a Receita Federal, a Central de Shows e Evento está em nome de uma mulher, que tem 5% da empresa, e do pai dela, que concentra 95%, e morreu em 2018.
Anteriormente, por telefone, a assessoria de imprensa da Central de Shows afirmou que o cantor e o empresário se conheciam, e o contrato foi assinado pelo idoso. O artista não teria pagado os valores. Na ocasião, a defesa de Belo emitiu uma nota (veja abaixo na íntegra).
Dono cobra R$ 483.156,46
O dono do imóvel cobra R$ 483.156,46 no caso que corre pela 5ª Vara Cível do Foro Regional III – Jabaquara, entre aluguéis, IPTU, contas, multa contratual e danos morais. Segundo a cláusula 7ª do contrato, não era permitida a transferência de contrato a terceiros, sublocar ou emprestar o imóvel.
O casal e a empresa foram citados no processo para arcarem com os valores.
O g1 localizou a mulher que aparece na Receita Federal como sendo uma das sócias da empresa de eventos que alugou a mansão para "ser uma moradia para funcionários", segundo alegou o proprietário com o contrato à Justiça. De forma breve, ela conversou por telefone com a reportagem.
"Essa Central de Shows que está falando, você procura eles, então, e conversa com eles”, disse, quando questionada sobre o contrato de locação do imóvel.
“Eu acho, assim, um absurdo, sabe? O nome do meu pai? Depois de morto, o pessoal não respeitar isso", completou.
Em seguida, a assessoria alegou que a mulher não tinha conhecimento sobre o negócio feito pelo pai.
Em 9 de novembro de 2017, foi fechada com a empresa de eventos a locação da mansão para moradia e residência de funcionário ou diretor pelo prazo de 30 meses, que se iniciava em 10 de dezembro de 2017.
Segundo o documento, o aluguel acordado foi de R$ 14.300, em conjunto com o valor de R$ 1.700 de IPTU, com vencimento no dia 20 de cada mês. Devia também ser feito o pagamento de despesas de consumo de luz, água e seguro.
Imagem mostra a piscina da mansão em SP após a saída do casal — Foto: Reprodução