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    porto velho, quinta-feira 18 de abril de 2024

Campo gera em torno de 450 mil empregos em Rondônia, destaca Hélio Dias

No programa, presidente da Faperon também falou sobre baixo custo do leite para os produtores, e outros assuntos de interesse da população


Jaqueline Alencar / Rondonoticias

Publicada em: 14/06/2019 08:35:44 - Atualizado

PORTO VELHO RO - O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas na capital em pela Rádio Caiari 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa segunda-feira (11), o diretor presidente da presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon) e presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae/RO Hélio Dias.

No programa, Hélio Dias destacou que o fortalecimento do agronegócio em Rondônia se deu em razão da colonização ocorrida a partir da década de 80, com maior relevância, no interior, especialmente na região do Vale do Jamari, Vale do Guaporé e central, responsáveis praticamente por todas as cadeias produtivas do estado a exemplo da piscicultura, produção de leite e outros grãos.

Atualmente, explicou, a região Norte do estado vem se mostrando como um futuro celeiro do agronegócio devido à sua localização geográfica privilegiada incluindo a grande Porto Velho e os distritos de Bandeirantes e Extrema.

Na Região do Cone Sul, acrescentou o presidente da Faperon, se destaca os grãos mecanizados, especialmente a soja com mais de 320 mil hectares de produção. Já no centro do estado que compreende também Jaru, o café, o cacau, os hortifrutigranjeiros, a pecuária, a suinocultura e a avicultura roubam a cena.

“Há 10 anos, muitas famílias de agricultores migraram do Cone Sul para o Vale do Jamari e a região como forte produtora, garantindo investimentos para o estado, e superando a crise. Quem conheceu Rondônia há 20, sabe que de uns 10 anos para cá, viu que o estado deu um salto em desenvolvimento com melhorias de estruturação das propriedades, de pastagens, a maioria tem seus veículos, seu plantel de gado”, salientou.

Pecuária, empregos e custo do leite

Na entrevista, Helio Dias também ressaltou que as 127 mil propriedades do estado geram em torno de 450 mil empregos gerados no campo. A pecuária, frisou, é responsável por 54% da receita do estado, se aproximando ao percentual de exportação dos grãos. “E dos 94 mil produtores cadastrados no Idaron são voltados à cadeia de corte e outros 25 a 32 mil trabalham na produção de leite”, completou.

Questionado em relação aos derivados do leite, que são produzidos fora do estado, o presidente da Faperon esclareceu que o preço, pago diretamente ao produtor, ainda inviabiliza a industrialização, que hoje é mais voltada à produção de mussarela.

“O baixo preço pago hoje ao produtor, que hoje é de em média de R$ 1,18 dá margem maior apenas aos laticínios e comerciantes, em especial as redes de supermercados”, disse, complementando que órgãos de defesa aos produtores estão se mobilizando no sentido de reverter a situação, citando que um programa de tecnificação do leite seria uma das soluções para o problema, pois transforma o produtor de “tirador de leite à profissional do leite”, aquisição de novas tecnologias e práticas.

“Hoje nossa produção é 2.200 litros de leite/dia com capacidade para duplicar com a industrialização com aprimoramento dos trabalhos dentro da tecnologia do balde cheio”, reforçou.

Adversidades

No geral, o presidente da Faperon, disse que as adversidades no agronegócio do estado, são pequenas em relação aos pontos positivos como exemplo, as chuvas acima de dois milímetros que ocorrerem praticamente o ano todo e a “insolação” favorável ao desenvolvimento das plantas. “Aqui a alface com 42 dias está pronta para ser revendida, enquanto que em outros estados, o prazo é de até 50 dias”, exemplificou, acrescentando que, a adversidade na região tropical, e ainda entre aspas, apenas em dois meses: janeiro e fevereiro, quando as chuvas são mais freqüentes, mas não chegam a acarretar prejuízos. “Mas no geral, temos as condições ideais, plantamos e colhemos na hora certa, obedecendo a esses ciclos”, completou.

Ainda no programa, Helio Dias respondeu a perguntas dos ouvintes, falou sobre desenvolvimento sustentável, qualidade da produção, e outros assuntos de interesse de todos.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: 



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