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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
A 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) baniu do futebol, nesta segunda-feira (29), o meia Marcus Vinícius Alves Barreira, conhecido como Romário, 21 anos, ex-Vila Nova.
Segundo entendimento do tribunal, ele aliciou outros atletas para cometerem pênalti no jogo contra o Sport, pela última rodada da Série B em 2022, favorecendo apostadores. Romário também recebeu multa de R$ 25 mil.
Em outro julgamento realizado nesta segunda (29), o volante Gabriel Domingos, 22 anos e ex-Vila Nova, foi suspenso por 720 dias por, segundo o tribunal, ter aceitado suborno de apostadores para cometer um pênalti. Ele foi multado em R$ 15 mil.
Para as duas condenações, é possível recorrer ao Pleno, a última instância do STJD.
A investigação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que deu luz ao esquema de manipulação em jogos de futebol no Brasil nos últimos meses, diz que Domingos recebeu R$ 10 mil adiantados — ele não cometeu a infração na partida.
Os auditores da 1ª comissão usaram como base para as punições as provas obtidas pelos promotores de Goiás na Operação Penalidade Máxima. Na próxima quinta-feira (1), outros oito jogadores serão julgados e poderão pegar a pena de até 720 dias de suspensão. São eles:
Romário participou da sessão por videoconferência. Ele admitiu ter sido cooptado por membros da quadrilha que aliciava jogadores para que cometessem atos em jogos de futebol que favorecessem o grupo nas apostas que realizavam online.
Já Gabriel Domingos esteve presencialmente na sede do STJD, no Rio. Ele disse que nunca pretendeu cometer o pênalti, apesar de ter tido, em conversas com membros da quadrilha por meio de aplicativo de mensagens, que faria isso.
A pena de Romário foi maior porque ele foi enquadrado no artigo 242, que prevê o banimento em casa de o acusado prometer vantagens indevidas a terceiros. Já Gabriel respondeu pelo artigo 243, que é “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”.
Ambos também foram denunciados pelo MP de Goiás e podem responder na esfera criminal e, se condenados, ser presos.