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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
"Estão falando muito sobre o meu futuro.
"Para mim é um pouco complicado por conta do emocional. O corre atrás de mim e me persegue. Tampouco posso arriscar muito a nível de saúde.
"Preciso estar com um contrato.
"Eu, como jogador, não posso pagar os pratos quebrados por outros.
"Tomei uma decisão e, em breve, vocês [jornalistas] saberão."
As palavras são de Matías Rojas, meia paraguaio, do Racing, após a vitória do Flamengo, por 2 a 1, ontem, no Maracanã.
O meia-esquerda, canhoto, mesmo com seu time atuando defensivamente, mostrou talento na armação, vibração, inversões de bola inteligentes, habilidade. E ainda marcou um gol lindíssimo.
Jogador de 27 anos que estava sendo observado por Internacional, Grêmio, Vasco e, principalmente, Botafogo. Os clubes brasileiros acompanham e têm anotado os atletas dos clubes sul-americanos cujos contratos estão para vencer.
Empresários também tratam de lembrar os dirigentes mais desesperados, mais dispostos a investir. Os que podem pagar mais aos atletas, além das melhores comissões, lógico.
E foi assim que o Corinthians entrou com todas as forças na negociação. Desde o início do ano, Fernando Lázaro, Danilo, Cuca e o mais entusiasmado deles, Vanderlei Luxemburgo, deram sua aprovação ao meia canhoto.
Pressionada pelo péssimo início de temporada e por 2023 ser um ano eleitoral, a direção corintiana não titubeou. E o contratou, como antecipou o blog.
Seu compromisso com o Racing termina no dia 30 de junho. A partir de 1º de julho, ele já será oficialmente atleta do Corinthians. O pré-contrato já está assinado.
E foi assim que o Corinthians atropelou Inter, Grêmio, Vasco e Botafogo, com suas SAFs bilionárias.
Ofereceu um contrato de quatro anos a Matías Rojas.
A aposta é altíssima.
Ele recebe cerca de R$ 200 mil no Racing. A proposta que envolve salários, premiações e luvas chegam a R$ 900 mil mensais.
Não há meio-termo.
Ele chegará ao Parque São Jorge como o maior representante desse "novo Corinthians" no segundo semestre de 2023. Duilio Monteiro Alves e o grupo que o mantém no poder, puxado pelo ex-presidente Andrés Sanchez, quer uma equipe vencedora, para brigar pelos títulos da Copa do Brasil e do Brasileiro.
Para garantir a perpetuação no poder, já que o grupo, apoiado pelas organizadas, derrubou o ex-presidente Alberto Dualib, em 2007. E, depois de 16 anos, a oposição renasceu no Parque São Jorge, empurrada pelas dívidas do estádio em Itaquera e pelos fracassos do time.